O IGI é realizado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (WIPO, na sigla em inglês) e leva em conta indicadores como investimento em ciência e tecnologia, integração entre iniciativa privada e poder público, registro de patentes, entre outros itens.
A pandemia de COVID-19, diz o estudo, pode servir como "catalizadora" para a inovação em setores tradicionais e fomentar mudanças na maneira como o trabalho é organizado.
De acordo com o levantamento, os dez países que lideram o ranking de inovação são: Suíça, Suécia, Estados Unidos, Reino Unido, Holanda, Dinamarca, Finlândia, Singapura, Alemanha e Coreia do Sul. O relatório também destaca o Chile como um líder regional de inovação na América Latina e Caribe.
"Considerando que o Brasil é a nona economia do mundo, o fato do Brasil estar em 62º lugar em um ranking de 131 países mostra uma posição que não é compatível com a relevância da economia brasileira e com o potencial econômico e social do Brasil", afirma em entrevista à Sputnik Brasil a diretora de inovação da Confederação Nacional da Indústria (CNI) Gianna Sagázio.
A representante da CNI, que faz parte da elaboração da pesquisa, reitera o argumento de que é necessário investir em tecnologia e inovação: "O papel da inovação se mostra cada vez mais imprescindível diante de um período de incertezas e de retração na economia provocados pela pandemia. Se de um lado as empresas estão com possibilidades escassas de investimentos, de outro precisam buscar alternativas para sobreviverem e manterem seus empregados."
Sagázio também defende a atuação do Estado para fomentar a inovação.
"Os países mais inovadores têm nos ensinado a importância de termos políticas públicas de inovação de longo prazo, robustas, que não sejam somente uma carta de boas intenções, mas que tragam indicadores, metas, governança junto com o setor privado", diz a analista.