O estudo publicado pela Astronomical Society detalha a busca por vida inteligente no espaço no âmbito do projeto SETI, que usou mais de 4.096 antenas instaladas na Austrália para detectar sinais de rádio vindos do espaço.
De acordo com Chenoa Tremblay e Stephen Tingay, coautores do estudo, eles tentaram escutar "assinaturas tecnológicas", ou evidências de tecnologia extraterrestre, em uma parte do céu em torno da Constelação da Vela, uma região cientificamente interessante devido ao grande número de estrelas que explodiram e morreram, criando assim, a condição ideal para novas estrelas.
Depois de escutar a região de Vela por 17 horas, nenhum sinal foi detectado, captando mais de 10,3 milhões de dispositivos estelares, contendo seis exoplanetas conhecidos. Com isso, a equipe assumiu que encontrar o sinal é o mesmo que tentar encontrar algo em um oceano.
"Procurar por assinaturas tecnológicas é assumir que a civilização tem tecnologia similar à nossa", afirmou Tremblay.
Segundo a coautora, há a possibilidade de que a vida inteligente não tenha desenvolvido a capacidade de se comunicar via sinais de rádio.
Além disso, os especialistas examinam lugares de onde surgem as moléculas simples para a vida e como é possível sua detecção, já que a detecção destas moléculas pode ser um sinal de vida extraterrestre.
Apesar das dificuldades, os especialistas acreditam que com o trabalho em conjunto com outras ciências e pesquisas astrofísicas, o cosmos será lentamente revelado.