Na tarde de quinta-feira (10), diversas manifestações foram registradas na Colômbia, em particular em Bogotá, Medellín e Barranquilla.
De acordo com o jornal El Tiempo, pelo menos dez pessoas já morreram durante os fortes protestos, tendo sido sete em Bogotá e outras três em Soacha.
Segundo o ministro da Defesa colombiano, Carlos Holmes Trujillo, nos últimos dias, 194 policiais ficaram feridos, correspondendo a 183 casos somente na capital Bogotá, durante enfrentamentos com manifestantes. Já entre os civis, 209 pessoas ficaram feridas.
Os protestos também têm sido marcados por fortes danos materiais.
Disparos al aire y patadas voladoras en Fontibón. ¿Eso es un "procedimiento policial"?#MasacreEnBogotá pic.twitter.com/xrC4ka5WN4
— José Ricardo Báez G. (@JoseBaezG) September 10, 2020
Disparos para o ar e voadoras em Fontibón. Isso é um "procedimento policial"?
Quase 100 ônibus já foram vandalizados, além de motocicletas da polícia e dezenas de veículos de diferentes órgãos governamentais.
Entre os protestos foram registrados diversos atos de vandalismo. Segundo testemunhas, um ônibus havia sido sequestrado. Durante a ação, uma senhora ficou ferida.
A onda de protestos tem sido observada de perto pelo governo colombiano.
O presidente Iván Duque Márquez tem liderado o Ponto de Comando Unificado (PMU, na sigla em espanhol), para analisar a situação e a ordem pública no país.
Abordagem fatal
Os protestos se iniciaram após o cidadão Javier Ordóñez ter morrido durante uma abordagem policial em Engativá.
Durante a ação, Javier foi imobilizado por policiais, que usaram pistola de eletrochoque.
Os policiais teriam o abordado por estar bebendo um licor em uma via pública, fora de um conjunto residencial.
Javier, advogado de 46 anos, acabou deixando dois filhos.