É provável que a Rússia se fortaleça ainda mais nessa parte do Atlântico – uma área estratégica tanto para a Europa como para os EUA.
"As alterações climáticas são uma preocupação para todos nós, mas elas estão abrindo rotas de comércio marítimo através do topo do mundo e reduzindo pela metade o tempo de passagem entre a Europa e a Ásia. E nós estamos no portão destas rotas", afirmou.
A bordo do novo porta-aviões HMS Prince of Wales, o almirante da Marinha Real britânica declarou: "Quando a China enviar a sua Marinha em expansão para o Atlântico, qual rota vai usar: a longa ou a curta? E estas rotas contornam a costa de uma Rússia renascida. Uma Rússia que está agora mais ativa no Atlântico do que alguma vez esteve durante mais de 30 anos."
"À medida que o Extremo Norte se torna mais aberto e acessível, passará também a ser mais concorrido e competitivo. Já estamos fazendo muito no Extremo Norte, temos operado com os nossos amigos noruegueses e americanos no mar de Barents", adicionou Radikin.
A política oficial da China tem sido a de que suas atividades no Ártico são focadas na exploração científica, comércio e desenvolvimento. Mas suas estações de pesquisa na região incluem agora sistemas de satélite capazes de rastrear mísseis e interceptar comunicações militares, escreve o jornal Independent.
Em setembro, o novo quebra-gelo russo Arktika, o maior de propulsão nuclear já construído no mundo, zarpou de São Petersburgo em direção ao Ártico.
O Arktika será capaz de romper gelo de até três metros de espessura, abrindo caminho a grandes navios mercantes.