Sudão vai receber cerca de 200 mil refugiados da Etiópia, diz programa da ONU

© REUTERS / El Tayeb SiddigMulheres etíopes, que fugiram dos combates em curso na região de Tigray, no campo de refugiados de al-Fashqa, na fronteira entre o Sudão e a Etiópia.
Mulheres etíopes, que fugiram dos combates em curso na região de Tigray, no campo de refugiados de al-Fashqa, na fronteira entre o Sudão e a Etiópia. - Sputnik Brasil
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Chegada diária de refugiados etíopes ao país varia entre dois mil e quatro mil pessoas, segundo o Programa Mundial de Alimentos da ONU.

O Programa Mundial de Alimentos (PMA), que presta auxílio para a alimentação dos migrantes, diz que atualmente tem estoque suficiente para 60 mil pessoas.

"Conseguimos preparar alimento para 60 mil refugiados por um período de um mês. Mas é claro, dada a situação atual, revisaremos nosso apoio, pois esperamos 200 mil refugiados", disse Hameed Nuru, porta-voz do PMA, em entrevista coletiva a representantes do Alto Comissariado do Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).

Segundo Axel Bishop, porta-voz do ACNUR, a chegada das 200 mil pessoas deve acontecer ao longo dos próximos seis meses. Atualmente, o Sudão já abriga 36 mil refugiados da Etiópia. A chegada diária de refugiados etíopes ao país varia entre dois mil e quatro mil pessoas.

Bishop acrescentou que os refugiados sofrem de problemas psicológicos, estresse e medo em decorrência das hostilidades no Tigré. As agências humanitárias das Nações Unidas afirmam precisar de US$ 200 milhões (mais de um bilhão de reais) para fornecer todo o apoio necessário aos refugiados, incluindo comida, abrigo e apoio psicológico.

© REUTERS / Tiksa NegeriConflito na região de Tigré, na Etiópia, começa a provocar onda de refugiados em direção ao Sudão
Sudão vai receber cerca de 200 mil refugiados da Etiópia, diz programa da ONU - Sputnik Brasil
Conflito na região de Tigré, na Etiópia, começa a provocar onda de refugiados em direção ao Sudão

Os combates no norte da Etiópia começaram no início de novembro depois que o governo federal acusou a Frente Popular para a Libertação de Tigré (FPLT), o partido que controla o poder na região, de atacar uma base militar e lançou uma operação de segurança contra o grupo.

Os confrontos que se seguiram, que já resultaram em centenas de mortes e forçaram milhares a buscar refúgio em outros países, geraram temores internacionais de uma nova guerra civil no país africano.

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