Boa parte dos escolhidos do democrata fizeram parte da equipe da administração Obama. Este é um claro sinal de que o presidente eleito pretende recolocar os Estados Unidos nos mesmos trilhos em que estavam antes dos quatro anos em que Trump esteve na presidência, segundo informa a AP.
"Essa é uma equipe que reflete o fato de que os EUA estão de volta, prontos para liderar o mundo e não para se retraírem. Essa equipe adota minha visão de que os EUA são mais fortes com os seus aliados", disse Biden, em Wilmington, Delaware, onde mora.
America is back.
— Joe Biden (@JoeBiden) November 24, 2020
A América está de volta
No evento, Biden e seus aliados ressaltaram que a diplomacia norte-americana dos próximos anos será diferente daquela praticada durante o governo Trump. O democrata disse que dará ênfase nas tratativas para a questão climática e, principalmente, para a retomada do diálogo com antigos aliados e para a defesa do multilateralismo.
"Os EUA estão de volta, o multilateralismo está de volta, a diplomacia está de volta", disse Linda Thomas-Greenfield, nomeada como embaixadora dos EUA na ONU.
Além de Thomas Greenfield, a lista de Biden inclui nomes como Antony Blinken, para secretário de Estado; Avril Haines, para diretora de inteligência nacional (a primeira mulher a ocupar esse cargo); e o ex-secretário de Estado John Kerry, como enviado especial para as mudanças climáticas.
"Juntos, estes servidores públicos vão restaurar a América globalmente, sua liderança global e sua liderança moral", afirmou Biden.
A política externa de Donald Trump foi marcada pelo isolacionismo. Durante a administração do republicano, os EUA abandonaram uma série de acordos, como o Acordo de Paris para o clima, puseram de lado antigos parceiros, como as nações europeias, e fizeram aumentar tensões internacionais, como com o Irã.