Anteriormente, foi revelado que jornalistas letões de língua russa que colaboram com a Sputnik Letônia e Baltnews, que fazem parte da agência de notícias Rossiya Segodnya, foram acusados de violação do regime de sanções da União Europeia.
Foram realizadas buscas nas casas dos jornalistas e depois eles foram liberados com obrigação de não sair do local de residência sem a permissão das autoridades.
O diretor-geral da agência de notícias Rossiya Segodnya, a que pertence a Sputnik Letônia e Baltnews, Dmitry Kiselev, instou as autoridades da Letônia de pararem as perseguições de jornalistas que escrevem para a Sputnik e Baltnews.
Kiselev considerou as ações da Letônia contra os jornalistas que escrevem para a Sputnik na Letônia de interpretação ilegítima das sanções da União Europeia.
"Isso é uma interpretação ilegitimamente alargada das sanções da UE contra organizações. É que existem sanções pessoais e também existem sanções contra organizações e empresas russas. Não é a mesma coisa. Pessoalmente, eu como indivíduo estou sujeito a sanções da UE. O grupo de mídia Rossiya Segodnya, de que também faz parte a agência de notícias Sputnik, não está sujeito a sanções", declarou Kiselev.
Dmitry Kiselev acredita que entre países esta ação é vista como uma pequena picada na Rússia.
"Para que deter cidadãos da Letônia e os ameaçar com procedimento penal? Não fizeram nada de mal. São jornalistas livres, autores, stringers, ativistas que, não fazendo parte do pessoal da agência Sputnik, apenas escreveram para ela textos ou mandaram fotos, exercendo seu direito de expressão", disse Kiselev.
A agência de notícias Rossiya Segodnya pretende fazer o máximo para chamar atenção de organizações profissionais e de defesa dos direitos humanos à situação em torno dos jornalistas detidos na Letônia que colaboram com a Sputnik Letônia e Baltnews, segundo Kirill Vyshinsky, diretor executivo do grupo de mídia Rossiya Segodnya e membro do Conselho de Direitos Humanos da Rússia.
Anteriormente, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia criticou as ações da Letônia, afirmando que são "um exemplo flagrante de violação de fundamentos de uma sociedade democrática – a liberdade de imprensa e de expressão".