Aeromoças de companhias aéreas da China poderão usar fraldas durante os voos para evitar ida aos banheiros e, assim, diminuir o risco de pegar a COVID-19, segundo informou a rede de TV a cabo CNN.
Essa foi uma das orientações passadas pela Agência de Aviação Civil da China (CAAC).
A sexta edição do relatório chamado Diretrizes Técnicas para Linhas Aéreas para Controle e Prevenção de Epidemias tem conselhos sobre as melhores práticas de higiene a serem usadas nas aeronaves e nos aeroportos.
Uma seção do documento aconselha a tripulação de cabine em voos indo e vindo de países de alto risco sugere o uso de "máscaras médicas, luvas médicas descartáveis de camada dupla, óculos de proteção, chapéus, roupas de proteção e capas de sapatos descartáveis".
Mas o que chamou a atenção estava na frase seguinte.
"Recomenda-se que os tripulantes usem fraldas descartáveis e evitem usar os banheiros, exceto em circunstâncias especiais, para evitar riscos de infecção", dizia o texto.
Embora tais conselhos possam parecer exagerados, os lavatórios podem ser o lugar mais perigoso em um avião.
Em agosto, uma mulher viajando da Itália para a Coreia do Sul contraiu o novo coronavírus durante o voo. E uma visita ao banheiro - o único lugar onde ela não usava uma máscara N95, largamente utilizada por profissionais da saúde - foi escolhida como a possível fonte de sua infecção.
Banheiro autolimpante
O projeto de novos banheiros em aviões já era tema antes da COVID-19, mas a pandemia tem concentrado esforços das companhias para encontrar novas soluções.
A japonesa ANA anunciou no início deste ano que estava testando um protótipo de uma nova porta de lavatório que dispensava o uso das mãos.
Enquanto isso, a norte-americana Boeing solicitou com sucesso a patente de um lavatório autolimpante que usa a luz ultravioleta para limpar 99,9% dos germes do banheiro após cada uso.
A preocupação das companhias aéreas tem razão de ser. Prevê-se que a pandemia da COVID-19 custe a elas um período de três anos até a recuperação total da normalização econômica.