O dólar teve nesta quinta-feira (10) seu menor valor diante do real desde junho. A moeda norte-americana fechou em forte queda após o Comitê de Política Monetária (Copom) confirmar as expectativas e decidir manter a taxa básica de juros em 2% ano, com os agentes do mercado reagindo também à sinalização do Banco Central sobre a trajetória da taxa Selic, informou o site G1.
A moeda norte-americana recuou 2,63%, cotada a R$ 5,0376. É o menor patamar de fechamento desde 10 de junho (R$ 4,9334).
Na quarta-feira (9), o dólar subiu 0,92%, a R$ 5,1737. Na parcial do mês, ele acumula queda de 5,78%. No ano, contudo, ainda tem alta de 25,63%.
Além do movimento do Copom, o leilão de venda de dólares no mercado futuro do Banco Central - chamado de overhedge -, que injetou US$ 800 milhões no mercado, colaborou no bom desempenho do real na quinta-feira (10).
Outros fatores ajudam na queda do dólar. Um deles, o resultado das vendas do varejo acima do esperado no Brasil. Além disso, a atualização do pacote de estímulos na zona do euro também fez os mercados operarem de forma positiva nesta quinta-feira (10).
O índice Bovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, subiu 1,88% chegando aos 115.129 pontos, maior patamar desde 19 de fevereiro.
O cenário internacional também colaborou.
O secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, relatou progressos nas negociações entre governo e oposição em torno de um novo pacote fiscal para os Estados Unidos, considerado fundamental para apoiar a economia do país, impactada pela segunda onda de COVID-19.