Putin assina lei para multar gigantes das mídias sociais que censuram imprensa russa

© Sputnik / Mikhail KlimentevPresidente da Rússia, Vladimir Putin durante discurso gravado para a Assembleia Geral da ONU, 22 de setembro de 2020
Presidente da Rússia, Vladimir Putin durante discurso gravado para a Assembleia Geral da ONU, 22 de setembro de 2020  - Sputnik Brasil
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, aprovou nesta quarta-feira (30) uma nova legislação que pode punir empresas estrangeiras de mídia social por discriminar os meios de comunicação do país.

O projeto de lei proíbe explicitamente censura por parte das redes sociais com base em razões como nacionalidade, idioma e origem, bem como "em conexão com a introdução de sanções políticas ou econômicas contra a Rússia".

Uma vez considerada culpada, mídias estrangeiras podem estar sujeitas às sanções em forma de multas, redução do tráfego, ou até mesmo bloqueio total, escreve o portal RT.

No início deste ano, diversas empresas de tecnologia dos EUA tomaram medidas contra veículos de comunicação russos que possuem financiamento público, sujeitando suas contas a diversas proibições.

Além de tornar algumas postagens muito mais difíceis de se encontrar, as redes sociais dos EUA também rotularam várias fontes russas como "mídia afiliada ao estado", apesar de não fazer isso para empresas ocidentais, como a BBC, apoiada pelo governo britânico.

​Depois que o projeto de lei foi proposto, o presidente Putin observou que o país não deveria "dar um tiro no pé" com nenhuma ação retaliatória contra a mídia estrangeira, mas é "absolutamente óbvio e compreensível para qualquer pessoa sã", disse ele, que essas empresas estão discriminando os veículos russos.

Polêmica também acontece nos EUA

A polêmica envolvendo censura por parte das redes sociais também domina a agenda política norte-americana, em especial nos últimos meses, durante as eleições que aconteceram neste ano. Em outubro, senadores republicanos intimaram alguns dos principais CEO's das mídias sociais para testemunhar diante do Congresso dos EUA após denúncias de que as plataformas têm censurado reportagens críticas aos democratas.

No esteio da intimação esteve a admissão de culpa de algumas dessas redes, que reconheceram ter limitado o alcance de reportagens contra Joe Biden, então candidato dos Democratas à presidência dos EUA. As matérias apresentavam supostos detalhes de uma negociação entre filho de Biden, Hunter, e uma empresa de energia ucraniana.

No dia 25 de dezembro, o presidente Donald Trump acusou uma mídia social de ser perigosa, uma vez que passou a sinalizar suas postagens sobre suposta fraude eleitoral nas eleições presidenciais de 2020 como "controversas". Segundo Trump, as redes sociais "sufocam a liberdade de expressão".

© AP Photo / Al DragoBannon é banido pelo Twitter após incitar violência
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