O grupo extremista Al-Shabaab, que é vinculado à Al Qaeda (organização terrorista proibida na Rússia e em outros países), assumiu a responsabilidade pelo ataque em um comunicado de sua agência de notícias, segundo a Associated Press.
Os terroristas baseados na Somália costumam realizar com frequência atentados suicidas e outros ataques em Mogadíscio, e já explodiram bombas contra militares turcos e outros alvos no passado.
O ministro da Saúde da Turquia, Fahrettin Koca, escreveu no Twitter que 14 pessoas, incluindo três turcos, ficaram feridas e estão sendo tratadas em um hospital em Mogadíscio.
"O número de nossos cidadãos que perderam a vida no ataque terrorista na Somália aumentou para dois. Continuamos o tratamento de 14 feridos, três deles turcos, em nosso Hospital Recep Tayyip Erdogan em Mogadíscio. Nossos cidadãos feridos não correm risco de morte. Eu condeno veementemente este ataque", postou o ministro.
O Ministério de Relações Exteriores da Turquia, por sua vez, também emitiu uma nota condenando o atentado.
"Condenamos veementemente este ataque hediondo contra funcionários de uma empresa turca que executou a construção da estrada Mogadíscio-Afgoye e contribui para o desenvolvimento e a prosperidade da Somália", diz o comunicado da chancelaria turca.
As outras três vítimas fatais eram policiais somalis, afirmou o capitão de polícia da Somália, Ahmed Mohamed, segundo a AP.
Fontes de segurança turcas disseram que uma motocicleta-bomba foi utilizada no atentado, que ocorreu a 15 quilômetros de uma base militar da Turquia, que não foi afetada. A base é a maior instalação militar turca no exterior.
Esta é a segunda vez que o projeto de construção da rodovia é atacado pelo Al-Shabaab. Em janeiro do ano passado, um veículo cheio de explosivos foi detonado na entrada, matando e ferindo dezenas de pessoas, incluindo vários cidadãos turcos. O ataque acabou causando uma pausa no projeto, que foi retomado há alguns meses, após melhorias na segurança.