Novo estudo põe ponto final em querela: saiba quantos anos têm o Universo

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A partir de um observatório no topo do deserto do Atacama, no Chile, astrônomos analisaram a luz mais antiga que se conhece e chegaram a um veredicto sobre a idade do Universo.

Cerca de 14 bilhões de anos. Mais precisamente 13,77 bilhões de anos, mas com uma margem de erro de 40 milhões de anos para mais ou para menos. Esta é a idade do Universo de acordo com um estudo publicado recentemente na revista científica Journal of Cosmology and Astroparticle Physics.

Esta nova pesquisa vai de encontro com duas outras publicadas em 2019. Na primeira, uma equipe de cientistas mediu os movimentos das galáxias e calculou que o Universo deveria ser centenas de milhões de anos mais jovem do que a projeção atual. Na segunda, que também analisou a estrela mais antiga do Universo, conhecida como Matusalém ou HD 140283, foi descoberto que a estrela tem 14,5 bilhões de anos, ou seja, pelo menos 0,7 bilhão de anos mais velha do que o Universo.

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Essas discrepâncias sugeriam que um novo modelo para o Universo poderia ser necessário e gerou preocupações de que um dos conjuntos de medições poderia estar incorreto. Por isso, a importância do estudo divulgado recentemente.

A nova estimativa, realizada a partir de dados coletados pelo Telescópio de Cosmologia do Atacama (ACT, na sigla em inglês), no Chile, da Fundação Nacional da Ciência dos EUA, coincide com a fornecida pelo modelo padrão do Universo, assim como as medições da mesma luz feitas pelo satélite Planck, da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), que mediu resquícios do Big Bang entre 2009 e 2013.

"Agora chegamos a uma resposta em que Planck e ACT concordam […]. Isso mostra o fato de que essas medições difíceis são confiáveis", comemora Simone Aiola, coautora do estudo, citada pelo portal Phys.org.

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