Se houver guerra, quem vence: tanques gregos ou drones turcos?

CC BY 2.0 / FaceMePLS / Tanque alemão Leopard (arquivo)
Tanque alemão Leopard (arquivo) - Sputnik Brasil
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As relações entre Grécia e Turquia não são propriamente as melhores. A revista americana The National Interest analisou as capacidades de ambos os lados, dando a conhecer o "vencedor" de eventual conflito armado.

Após ter se tornado independente do Império Otomano em 1830, a Grécia teve diversos estados de relações com a Turquia, "herdeira" do império caído após a Primeira Guerra Mundial. Desde guerras entre ambas as nações até metade do século XX, e a invasão de Chipre (cuja maioria da população é de origem grega) pela Turquia em 1974, a maior causa das disputas entre ambos os países nos últimos anos se tem centrado na sua influência no mar Mediterrâneo.

Grécia está preparada?

Para uma nação que vive em uma crise econômica há muitos anos, os militares gregos estão muito bem equipados e possuem uma das maiores forças de tanques da Europa.

De acordo com dados de 2017, as Forças Armadas gregas possuem cerca de 1.341 tanques de batalha principais (MBT, na sigla em inglês), seis vezes mais do que o Reino Unido teria nessa época, segundo o artigo.

Essa força de tanques seria constituída por 170 Leopard 2A6 HEL MBT (de origem grego-alemã), 183 Leopard 2A4 MBT, 501 Leopard 1A5 / GR MBT, 400 MBT M48A5 MOLF (Sistema Modular de Controle de Fogo a Laser) e 101 MBT M60A3 TTS.

Como está equipada a Turquia?

Em contraste, a Turquia tem mais de três mil tanques de batalha principais, incluindo 1.532 MBT M60 Patton e outros 758 MBT M48 Patton, mas não esquecendo os 342 Leopard 2s e 397 Leopard 1s, junto com dez dos novos Altay fabricados na Turquia. Porém, além de ter um número superior de tanques, Ancara poderia inclinar a balança a seu favor com sua frota de drones.

A Turquia se tornou uma espécie de superpotência de drones. Atualmente, não só produz veículos aéreos não tripulados para os próprios militares, como também se tornou uma grande exportadora de drones armados, conforme escrito no texto. Entre eles está o Anka-S, que é aproximadamente análogo ao drone Reaper da Força Aérea dos EUA.

Tendo quase oito metros de comprimento e sendo dono de uma carga útil de aproximadamente 181 quilogramas, o Anka-S, que é controlado por satélite, carrega um radar de abertura sintética, um SAR (Pesquisa e Resgate) inverso, e um radar indicador de alvos em movimento no solo para detectar, identificar e rastrear alvos terrestres.

Quando as relações entre os EUA e a Turquia pioraram, e logo a última não conseguiu adquirir os drones americanos Predator ou Reaper, Ancara lançou seu próprio programa nacional de drones.

Agora, junto com a China, a Turquia se tornou um dos países líderes mundiais na fabricação de drones armados.

Mas quem ganharia?

Drones, por certo, fornecem uma vantagem assimétrica à Turquia, inclusive são muito mais baratos do que tanques. A indústria de drones turca, que cresceu substancialmente nos últimos anos, também poderia permitir a Ancara substituir rapidamente os seus drones perdidos sem depender de tecnologia estrangeira.

Se houver guerra entre as duas nações, isso poderia significar a ocorrência de uma das maiores batalhas de tanques vistas desde a Segunda Guerra Mundial. No entanto, a Turquia teria vantagem, graças aos drones poderosos, conclui a revista The National Interest.

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