O governador fez o anúncio através de suas redes sociais, afirmando que pretende comprar 50 milhões de doses da vacina.
Determinei à Procuradoria Geral do Estado da Bahia que ingresse com uma ação no Supremo Tribunal Federal para que possamos efetivar a compra direta da vacina russa Sputnik V, com a qual já assinamos um acordo de cooperação para o fornecimento de até 50 milhões de doses.
— Rui Costa (@costa_rui) January 15, 2021
Costa também teceu críticas contra o governo do presidente brasileiro Jair Bolsonaro (sem partido), dizendo que "se eles não têm capacidade de fazer nada, melhor que peçam demissão ou renunciem".
Não podemos assistir passivamente baianos e brasileiros morrendo diariamente diante da incapacidade do Governo Federal. Se eles não têm capacidade de fazer nada, melhor que peçam demissão ou renunciem. O povo brasileiro não merece ser maltratado e humilhado. Precisamos reagir!
— Rui Costa (@costa_rui) January 15, 2021
O governador baiano já havia anunciado que o estado terá mais de cinco mil salas preparadas para a vacinação e 50 mil profissionais de saúde à disposição para o esforço de imunização dos cidadãos. Segundo os dados do Ministério da Saúde, a Bahia acumula 523.068 casos do novo coronavírus e 9.543 mortes por COVID-19.
A vacina russa Sputnik V é desenvolvida pelo Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya e já foi aplicada em mais de um milhão de pessoas em diversos países. Nações vizinhas do Brasil como Paraguai, Bolívia, Argentina e Venezuela já aprovaram o uso do imunizante.
A medida anunciada pelo governador baiano vem no dia seguinte ao decreto de toque de recolher e fechamento do comércio no estado do Amazonas, imposto pelo governador local Wilson Lima (PSC) após o colapso do sistema de saúde amazonense.
Ao longo da quinta-feira (14), as redes sociais se encheram de imagens de desespero de profissionais de saúde, pacientes e cidadãos do estado que pediam socorro após o esgotamento dos estoques hospitalares de oxigênio, insumo básico para o tratamento de pacientes infectados com o novo coronavírus.
O Amazonas vive um pico de letalidade da COVID-19 após o período de festas e está transferindo pacientes para outros estados na tentativa de desafogar o sistema local de saúde.