FHC foi o único a participar de forma presencial do evento, que aconteceu no Palácio dos Bandeirantes, na cidade de São Paulo. Temer e Sarney fizeram participação remota, com transmissões on-line em um telão.
"O objetivo do encontro não é político, é institucional, para a valorização da vida, da existência, da saúde e da proteção do povo brasileiro. É o grande sentido que nos une aqui", disse Doria na abertura do evento.
De acordo com o governo de São Paulo, todos os ex-presidentes vivos foram convidados. Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, ambos do PT, recusaram o convite, mas se mostraram a favor da vacina. O senador Fernando Collor (Pros) informou pelas redes sociais que agradecia o convite e que não iria participar do evento.
"Collor declinou, de forma muito educada, mas preferiu não participar. E solicitei a amigos em comum de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff que formulassem o convite para que ambos pudessem participar. Eles declinaram também de forma educada. Compreendemos as razões de ordem pessoal que impediram que esses três ex-presidentes pudessem participar, ainda que virtualmente", explicou o governador paulista.
Durante o evento, Temer garantiu que os insumos para a produção das vacinas importados da China chegarão ao Brasil. O ex-presidente foi chamado pelo governo de São Paulo para intervir na negociação diplomática junto às autoridades chinesas para ajudar a destravar a importação.
"Os insumos estão sendo acondicionados a uma pequena questão técnica, mas eles virão para o Brasil, tanto para o Instituto Butantan como para a Fiocruz", afirmou o ex-presidente Temer.
FHC evitou falar sobre o governo Bolsonaro. Perguntado sobre as carreatas realizadas em diversas cidades do país pedindo o impeachment de Jair Bolsonaro neste sábado (23), o ex-presidente FHC respondeu que a ocasião não era um encontro focado na política.
"Creio que não seja oportuno comentar a situação de como estão os governos atuais. Institucionalmente, estamos aqui para pedir que nos unamos, e não para pedir que fiquemos afastados uns dos outros", disse o ex-presidente FHC.
Já Sarney deixou uma mensagem de apoio aos cidadãos brasileiros, que enfrentam mais um momento de alta nos números da pandemia: "Desejo boa sorte a todos os brasileiros neste momento em que atravessamos um problema muito grave, talvez o mais grave que tenhamos tido nestes últimos anos".
Até o momento, três lotes de vacinas receberam o aval do governo federal para a imunização da população. Neste sábado (25), a Fundação Oswaldo Cruz deu início à aplicação das duas milhões de vacinas de Oxford/AstraZeneca importadas da Índia.
Já a CoronaVac teve dois lotes liberados pelo Ministério da Saúde: o primeiro no dia 17 de janeiro, e o segundo na última sexta-feira (22). Juntos, os dois lotes totalizam 10,8 milhões de vacinas.
Segundo dados da plataforma "Our World in Data" (nosso mundo em dados, na tradução para o português), desenvolvido pela Universidade de Oxford, 604.722 pessoas já foram vacinadas contra a COVID-19 no Brasil.