Por meio do Twitter, Doria afirmou que o processo de negociação com a China para liberação dos IFAs (ingredientes farmacêuticos ativos), essenciais para a produção da CoronaVac e da vacina de Oxford, tinha sido feito pelo Instituto Butantan e o governo de São Paulo.
Não é verdade o que disse o Presidente Bolsonaro em suas redes, de que a importação de insumos da China foi uma realização do Gov. Federal. Todo o processo de negociação com a China para liberação de insumos para a vacina do Butantan foi realizado pelo Instituto e pelo Gov. de SP
— João Doria (@jdoriajr) January 25, 2021
Em outra publicação, Doria disse que os integrantes do governo federal eram "engenheiros de obras prontas".
"Sem parasitismo dos negacionistas e oportunistas. Até aqui só atrapalharam nosso trabalho em prol da ciência e da vida. São engenheiros de obra pronta. Vergonha!", escreveu o governador.
Mais cedo, por meio das redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro disse que os insumos para a fabricação, no Butantan, da CoronaVac, imunizante desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac, chegarão "nos próximos dias" ao Brasil. De acordo com o presidente, 5.400 litros do componente estariam prontos para ser enviados ao Brasil.
Além disso, também estaria sendo acertada a liberação de mais insumos para a produção da vacina de Oxford, que também depende dos IFAs trazidos da China para ser fabricada pela Fiocruz.
O embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, respondeu à publicação de Bolsonaro, afirmando que o país asitático estava "junto com o Brasil na luta contra a pandemia".
A China está junto com o Brasil na luta contra a pandemia e continuará a ajudar o Brasil neste combate dentro do seu alcance. A União e a solidariedade são os caminhos corretos para vencer a pandemia. https://t.co/LFa8msUcUo
— Yang Wanming (@WanmingYang) January 25, 2021
Pelo Twitter, João Doria anunciou que se encontrará nesta terça-feira (26) com o embaixador e, em seguida, será anunciada a logística de importação dos insumos para a produção da CoronaVac.
A questão da liberação dos insumos por parte da China estava sendo discutida há semanas. Na última terça-feira (19) a Fiocruz disse que, devido ao atraso da chegada dos IFAs, só conseguiria entregar os primeiros lotes da vacina de Oxford em março.
Em relação à CoronaVac, a Anvisa aprovou, inicialmente, o uso emergencial de seis milhões de doses. Depois, a agência autorizou a aplicação de mais 4,8 milhões de doses. Além dos dois lotes, o Brasil recebeu uma carga com dois milhões de doses da vacina de Oxford vinda da Índia.