Lily Wilder, garota responsável pela descoberta, notou a antiga pegada na praia da baía de Bendricks, em Barry, no vale de Glamorgan situado no País de Gales, Reino Unido. Os cientistas acreditam que tal achado possa ajudar a entender como dinossauros se deslocavam, informa a BBC.
Estima-se que a pegada seja de cerca de 220 milhões de anos e tenha ficado preservada em lama.
Embora ainda seja impossível dizer que tipo de criatura deixou a pegada, a impressão tem 10 centímetros de comprimento e provavelmente pertenceria a um dinossauro de 75 centímetros de altura.
Cindy Howells, curadora de paleontologia no Museu Nacional de Gales, descreveu-a como "o melhor exemplar já encontrado nesta praia", local que, por sua vez, tem sido descrito como "o melhor sítio da Grã-Bretanha para [encontrar] rastros de dinossauros do período triássico", conforme a mídia.
"Foram Lily e Richard [pai da menina] que descobriram a pegada", contou a mãe Sally citada pela BBC. "Lily a viu enquanto estavam passeando e disse 'papai olha'. Quando Richard chegou em casa e me mostrou a fotografia, eu pensei que era incrível. Richard achou que era bom demais para ser verdade. Fui colocada em contato com especialistas que iniciaram [as pesquisas] a partir daí."
O dinossauro dono da pegada foi descrito como "um animal esguio", que teria caminhado sobre as duas patas traseiras e caçado ativamente outros pequenos animais e insetos.
Curiosamente, os pesquisadores acreditam que os espécimes de pegadas encontrados na baía de Bendricks no passado sejam mais de répteis semelhantes ao crocodilo do que de dinossauros.
Uma permissão especial teve que ser solicitada à agência governamental Recursos Naturais de Gales para que a pegada pudesse ser removida legalmente. Uma vez extraído, o fóssil foi levado nesta semana para o Museu Nacional de Cardiff, onde será preservado.