Segundo Yoshiro Mori, as Olimpíadas acontecerão "independentemente de como o coronavírus evoluir", referindo-se à pandemia no Japão.
As dúvidas sobre os Jogos cresceram à medida que os países foram forçados a entrar novamente em bloqueios por conta da COVID-19. No dia 21 de janeiro, o jornal britânico The Times chegou a publicar uma matéria afirmando que a capital japonesa teria desistido de sediar o evento em 2021 – possibilidade que foi prontamente refutada pelo governo japonês.
"Devemos ir além da discussão sobre se vamos realizar ou não. É sobre como faremos. Vamos pensar em um novo tipo de Olimpíada nesta ocasião", acrescentou Mori.
A declaração de Mori foi feita horas antes de o primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, anunciar a extensão do estado de emergência no país – o que significa que a medida será válida até 7 de março em Tóquio e várias outras partes do Japão.
Restrições mais rígidas nas fronteiras impostas após o aumento das infecções no Japão já forçaram o adiamento de alguns eventos esportivos, incluindo o primeiro evento-teste para os Jogos: um torneio pré-olímpico de nado artístico. O revezamento da tocha pelo Japão segue marcado para ter início em 25 de março.
Os japoneses, no entanto, são contrários à realização dos Jogos neste ano: 80% dos cidadãos do Japão apoiam um novo adiamento ou o cancelamento das Olimpíadas.
Os Jogos seguem sem definição sobre a presença de público nos estádios https://t.co/mh4c7e1Fva
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) January 21, 2021
Com 391 mil casos de infecção pelo novo coronavírus e 5,8 mil mortes causadas pela pandemia (segundo dados da Universidade Johns Hopkins), o Japão ainda não aprovou nenhuma vacina contra a COVID-19. O presidente do Comitê Olímpico Internacional afirmou que a vacinação não será obrigatória para os atletas competirem nos Jogos Olímpicos.