China se recusa a fornecer à OMS dados sobre primeiros casos da COVID-19, reporta mídia americana

© REUTERS / Aly SongMercado em Wuhan, província de Hubei, China, 8 de fevereiro de 2021
Mercado em Wuhan, província de Hubei, China, 8 de fevereiro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 13.02.2021
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As autoridades chinesas rejeitaram fornecer aos especialistas da OMS dados iniciais sobre primeiros casos da infecção pelo SARS-CoV-2, que poderiam ajudar a determinar as origens do vírus, escreve The Wall Street Journal citando investigadores.

Especialistas da equipe da Organização Mundial da Saúde informaram que as autoridades chinesas declinaram pedidos de fornecimento à OMS de dados sobre 174 casos de infecção que foram registrados durante o primeiro surto de doença em Wuhan (China) em dezembro de 2019, bem como sobre os possíveis casos anteriores ao surto.

"Eles nos mostraram alguns exemplos, mas isso não é o mesmo que dar todos eles, o que é [parte da] investigação epidemiológica padrão", disse o microbiologista australiano da equipe da OMS Dominic Dwyer ao The Wall Street Journal.

As autoridades e cientistas da China forneceram seus próprios resumos e análises extensos dos dados sobre os casos e também a análise de registros médicos vários meses antes do surto, segundo a qual eles não encontraram nenhumas evidências de presença do vírus.

"Então, vocês percebem que a interpretação destes dados se torna mais limitada de nosso ponto de vista, embora o outro lado possa pensar que isto é bastante bom", continuou o cientista.

Segundo ele, por causa da recusa, entre os investigadores da OMS e seus colegas chineses surgiram acesas discussões.

Desde 14 de janeiro, a equipe internacional de especialistas da OMS esteve por quase um mês na China investigando junto com especialistas chineses as origens do coronavírus. Os investigadores conseguiram visitar o Instituto de Virologia de Wuhan, incluindo o laboratório de isolamento máximo BLS-4, o qual esteve associado aos rumores sobre o alegado "vazamento" do vírus e hipotética origem artificial da COVID-19, e também um hospital, o mercado de frutos de mar Huanan e o Centro do Controle e Prevenção de Doenças.

Nesta terça-feira (9), os especialistas deram uma coletiva de imprensa onde anunciaram os resultados de sua investigação na cidade de Wuhan. Segundo eles, neste momento ainda não se sabe qual papel desempenhou o mercado Huanan na transmissão do vírus. Eles também consideraram pouco provável a transmissão direta da COVID-19 dos morcegos neste mercado, supondo que provavelmente haveria um portador intermediário do SARS-CoV-2. Os especialistas tencionam estudar essa hipótese no futuro. Além disso, eles concluíram que a transmissão do vírus ao ser humano por causa de um vazamento de laboratório também é pouco provável.

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