O ministro assinalou à agência de notícias France-Presse que as autoridades estavam "realmente preocupadas" com as mortes, as primeiras desde a epidemia que assolou a África Ocidental entre 2013 e 2016 - que teve início na Guiné - e deixou aproximadamente 11.300 mortos ao longo da região.
Uma das últimas vítimas na Guiné foi uma enfermeira que adoeceu no final de janeiro e foi sepultada em 1º de fevereiro, disse à imprensa local o diretor da Agência Nacional de Segurança Sanitária, Sakoba Keita.
"Entre os que participaram do funeral, oitos pessoas apresentaram sintomas da doença: diarreia, vômitos e hemorragia", disse Keita, que acrescentou que três deles morreram e outros quatro estão no hospital.
O diretor da Agência Nacional de Segurança Sanitária acrescentou que as quatro mortes de ebola ocorreram na região de N'Zérékoré, no sudeste do país, e também revelou à mídia local que um paciente tinha "escapado", mas foi encontrado e hospitalizado novamente na capital, Conacri.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem observado com grande preocupação cada surto de ebola registrado desde 2016, tratando o mais recente deles, na República Democrática do Congo, como uma emergência de saúde internacional.
O diretor-geral da organização, o etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus, escreveu neste sábado (13) nas redes sociais que a OMS tinha recebido informações sobre dois casos suspeitos de ebola na Guiné.
.@WHO has been informed of two suspected cases of Ebola in Guinea-Conakry. Confirmatory testing underway. @WHOAFRO and WHO country office supporting readiness and response efforts.
— Tedros Adhanom Ghebreyesus (@DrTedros) February 13, 2021
A OMS foi informada sobre dois casos suspeitos de ebola na Guiné-Conacri. Testes confirmatórios estão sendo realizados. Os escritórios regionais da OMS na África e no país estão apoiando os esforços de preparação e resposta.
Por sua vez, a República Democrática do Congo tem lidado com diversos surtos da doença e a OMS confirmou na quinta-feira (11) o ressurgimento da enfermidade no país, três meses depois que as autoridades declararam o fim da última onda em seu território.
Em novembro, o país declarou que a última epidemia, que durou seis meses, tinha acabado. Este foi o 11º surto de ebola na República Democrática do Congo, que resultou em 55 mortes de um total de 130 casos.
Contudo, o uso bastante difundido das vacinas, que foram administradas em mais de 40.000 pessoas, tem ajudado a conter a doença.
A epidemia registrada entre 2013 e 2016 acelerou o desenvolvimento de uma vacina contra o ebola, que estará disponível através de um estoque global de emergência de 500.000 doses para responder rapidamente a surtos futuros, informou em janeiro a aliança de vacinas Gavi, que financia o projeto.