O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, acusou nesta segunda-feira (15) os EUA de apoiarem militantes curdos que, segundo Ancara, teriam executado 13 turcos no norte do Iraque.
"A declaração feita pelos EUA é uma piada. Vocês disseram que não apoiavam os terroristas, quando, na verdade, estão do lado e por trás deles", declarou Erdogan, citado pela agência AFP.
O ministro da Defesa da Turquia, Hulusi Akar, afirmou no domingo (14) que 13 turcos anteriormente sequestrados, incluindo policiais, foram mortos a tiros por militantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK). Washington disse que condenaria os assassinatos se os relatos de que o PKK era o responsável fossem confirmados.
Na semana passada, Turquia lançou uma operação para combater o PKK. Até domingo (14), 48 militantes do PKK foram mortos durante a operação Pence Kartal-2 no norte do Iraque.
Fundado na década de 1970, o PKK lutou de armas nas mãos contra o governo de Ancara por décadas, exigindo a criação da autonomia curda no sudeste da Turquia. Um acordo de cessar-fogo alcançado em 2013 foi abortado dois anos depois.
Desde seu reinício, em julho de 2015, os ataques de rebeldes curdos mataram mais de 1.000 soldados e policiais turcos e cerca de 500 civis.