Além disso, André Rios, advogado do parlamentar, afirmou que a prisão era "ilegal" e contra o "ordenamento jurídico" brasileiro.
Silveira foi detido na noite de terça-feira (16) após a publicação de vídeo em que diz desejar que Edson Fachin, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), levasse uma "surra". O deputado também ofende outros magistrados da Corte e pede o seu fechamento. O parlamentar já vinha sendo investigado no STF por participação em atos antidemocráticos e publicação de fake news.
Segundo publicado no jornal O Globo, Rios afirmou ainda que Silveira está "tranquilo" com a situação. O parlamentar espera que a Câmara reverta a decisão tomada pelo STF. A votação na Casa, a princípio, está marcada para esta quarta-feira (17).
"É uma prisão ilegal ao meu entender, um capítulo nefasto na história do Brasil e no nosso ordenamento jurídico. Espero que dentro de poucas horas a Câmara dos Deputados reveja a decisão. [O STF] Está criando um precedente perigoso", disse o advogado.
Expulsão do PSL
A prisão ocorreu por flagrante delito por crime inafiançável e foi determinada de ofício pelo ministro Alexandre de Moraes, como parte do inquérito das fake news. Não houve pedido da Polícia Federal e nem da Procuradoria-Geral da República.
O presidente nacional do PSL, o deputado Luciano Bivar (PE), disse nesta quarta-feira (17) que o partido está "tomando todas as medidas jurídicas cabíveis" para a expulsão de Daniel Silveira da legenda.