Tais acontecimentos são, na verdade, parte do ciclo normal das geleiras polares, sendo que não há evidência de que as mudanças climáticas tenham contribuído para o desprendimento do iceberg, de acordo com pesquisadores da Pesquisa Antártica Britânica (BAS, na sigla em inglês).
A BAS nos mostra em vídeo a extensão da rachadura que acabou por quebrar a plataforma de gelo.
Os cientistas que se encontravam na Estação de Pesquisa Halley da BAS não deverão ser afetados pelo sucedido, pois há vários anos atrás previram que algo idêntico que passaria, tendo mudado para outro local.
"Monitoramos a plataforma de gelo diariamente usando uma rede automatizada de instrumentos GPS de alta precisão que circundam a estação. Estes medem como a plataforma de gelo está se deformando e se movendo", explicou a professora Dame Jane Francis, diretora da BAS.
Porém, em meados de fevereiro, a equipe de 12 pesquisadores da BAS saiu da estação de pesquisa, pois o inverno antártico é escuro e as temperaturas podem chegar até aos 50 graus negativos.
No que toca à parte quebrada da geleira, Francis diz que seu destino ainda é incerto, sendo que "nas próximas semanas ou meses, o iceberg gigante poderá se mover para longe, ou pode encalhar e permanecer perto da Plataforma de Gelo Brunt".