De acordo com um correspondente da Sputnik presente na audiência, três entre os cinco condenados foram apontados como responsáveis diretos pelo assassinato do diplomata russo.
No início da sessão, os 19 acusados dirigiram-se ao tribunal com suas últimas alegações, e todos eles se recusaram a admitir culpa e exigiram a absolvição.
Os ex-funcionários do Escritório de Tecnologia da Informação e Comunicações da Turquia Sahin Sogut, que, segundo a investigação, era o mandante do assassino do diplomata russo, e Huseyin Kotuce foram sentenciados à prisão perpétua. Além disso, os ex-policiais turcos Salih Yillmaz e Ahmet Kilicaslan, e o ex-chefe do departamento da Organização Nacional de Inteligência da Turquia (MIТ, na sigla em turco) para trabalhar com a Rússia, Vehbi Kursad Akalin, receberam a mesma pena.
Outros nove acusados foram condenados a penas de entre cinco e 15 anos de prisão, enquanto cinco foram absolvidos. Já os casos envolvendo nove acusados que estão foragidos, entre eles o clérigo opositor Fethullah Gulen, foram apresentados em processos separados a pedido do Ministério Público da Turquia.
Karlov foi morto a tiros em 19 de dezembro de 2016 na abertura da exposição fotográfica "Rússia de Kaliningrado a Kamchatka através dos olhos de um viajante" em Ancara. Segundo as autoridades turcas, o ataque foi cometido pelo policial Mevlut Mert Altintas, que foi abatido pelas forças de segurança.
As acusações foram feitas contra 28 suspeitos, incluindo Gulen, que nega o seu envolvimento. A acusação indica que o assassinato de Karlov foi uma provocação destinada a prejudicar as relações entre Rússia e Turquia.
O julgamento do caso do assassinato do embaixador russo começou em 8 de janeiro de 2019.