O pronunciamento acontece após a divulgação de um relatório da inteligência dos EUA e um aumento das tensões entre os dois países.
O documento sustenta que não viu nenhuma tentativa da Rússia de interferir na infraestrutura do pleito presidencial de 2020, mas alega que Moscou tentou minar a candidatura de Joe Biden frente ao público norte-americano.
As informações são do Conselho Nacional de Inteligência (NIC, na sigla em inglês) dos EUA, divulgadas na terça-feira (16). O documento afirma que organizações do governo russo travaram uma guerra de desinformação contra Joe Biden durante a campanha presidencial.
A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, comentando este relatório, disse hoje (17) que o governo democrata do presidente Joe Biden está adotando uma abordagem diferente, quando comparada ao governo de Donald Trump, para as relações com a Rússia.
Ainda segundo Psaki, os russos "pagarão o preço como o presidente comunicou ontem [16] à noite", devido às alegadas interferências nas eleições.
Os diplomatas da Rússia em Washington sustentam que as acusações dos EUA são infundadas. Eles destacaram que esta nova acusação de Washington não contribui para a normalização das relações bilaterais.
Vale lembrar que Estados Unidos acusaram Rússia em 2016 de intervenção nas eleições presidenciais, o que Moscou negou. Baseando-se em um relatório não confirmado sobre os laços entre Trump e a Rússia, as agências de inteligência norte-americanas vigiaram os funcionários de campanha de Trump.
Posteriormente, o "caso russo" foi investigado pelo procurador Robert Mueller, que não encontrou provas de uma "conspiração de Trump com a Rússia".