Revelada sequência de ações em caso de lançamento de mísseis balísticos dos EUA contra Rússia

© REUTERS / Lucy NicholsonLançamento de míssil balístico intercontinental, EUA
Lançamento de míssil balístico intercontinental, EUA - Sputnik Brasil, 1920, 03.04.2021
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O sistema espacial unificado Kupol, que deverá ser implantado até 2024, permitirá monitorar lançamentos de mísseis balísticos de um possível inimigo, particularmente dos EUA.

A edição russa VPK descreve as ações do escalão espacial do Sistema de Alerta de Ataque de Mísseis (SPRN, na sigla em russo) em caso de um potencial ataque dos Estados Unidos contra a Rússia.

"As informações [sobre o lançamento de mísseis do adversário] são imediatamente transmitidas aos postos de comando terrestres do grupo orbital e, após uma avaliação de sua autenticidade, [os dados são transmitidos] ao Posto Central de Comando (PCC)", escreve o semanário.

O jornal aponta que, depois disso, o PCC emite a ordem "Atenção. Lançamento. 1º escalão". Simultaneamente é enviada para o sistema de defesa antimíssil a mensagem "Alerta". Logo a seguir, estações de radar terrestres "começam a acompanhar o alvo balístico a uma distância de 6.000 a 4.000 km, determinando suas características".

De acordo com o jornal, se o míssil balístico estiver se movendo em direção à Rússia, o PCC do Sistema de Alerta de Ataque de Mísseis emite a mensagem "Ataque de mísseis" que "é transferida para os órgãos da liderança político-militar do país para tomada de decisão".

© Sputnik / Kirill Kalinnikov / Acessar o banco de imagensEstação de radar Don-2N, da Rússia
Revelada sequência de ações em caso de lançamento de mísseis balísticos dos EUA contra Rússia - Sputnik Brasil, 1920, 03.04.2021
Estação de radar Don-2N, da Rússia
Destaca-se que "todo o processo leva meros minutos", acrescentando que o Sistema de Alerta de Ataque de Mísseis está estreitamente interligado com o Sistema de Controle do Espaço Exterior e a defesa antimíssil, que são "interligados e funcionam como um só [mecanismo]".

Em meados de fevereiro deste ano, a Rússia concluiu testes estatais do SPRN, disse Sergei Boev, o principal responsável pela concepção do sistema e diretor-geral da corporação militar Vympel.

Conforme explica Boev, o SPRN russo sempre se desenvolveu com a aplicação das mais avançadas capacidades científicas e tecnológicas, por isso, ele é capaz de detectar e rastrear lançamentos de mísseis hipersônicos e seus voos a velocidades de Mach 5-6, ou seja, entre 6.125 e 7.350 km/h.

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