De acordo com a polícia, a mãe de Henry, Monique Medeiros, foi conivente com o crime, protegendo o namorado e sendo omissa em relações às agressões contra o menino. O casal foi preso e indiciado por homicídio duplamente qualificado.
"Não resta a menor dúvida, em relação aos elementos que nós temos, sobre a autoria do crime, dos dois", disse o delegado.
As declarações do delegado foram dadas em coletiva de imprensa, realizada nesta quinta-feira (8) ao lado de membros da Polícia Civil e do Ministério Público.
Damasceno informou que não vê a possibilidade de que Monique tenha sido ameaçada por Jairinho. O delegado afirmou ainda que a investigação segue aberta, mas que já há "provas muito fortes, muito convincentes, a respeito de toda essa dinâmica e da participação de cada um deles" na morte de Henry.
O caso do menino Henry Borel
Filho de Leniel Borel e Monique Medeiros, Henry Borel, de 4 anos, foi encontrado morto na madrugada de 8 de março no apartamento em que Monique vivia com o vereador Dr. Jairinho.
O casal levou o menino ao hospital alegando que ele havia sofrido um acidente em casa e que estava "desacordado e com os olhos revirados e sem respirar" quando o encontraram.
A necropsia, no entanto, apontou que a causa da morte de Henry foi hemorragia interna e laceração hepática causada por uma ação violenta.
A investigação da polícia revelou que Dr. Jairinho torturou Henry semanas antes da morte do menino. Uma troca de mensagens recuperada pela polícia – que havia sido deletada por Monique – mostra a babá de Henry, Thayná de Oliveira Ferreira, narrando as agressões para a mãe da criança, em 12 de fevereiro.
Nesta quinta-feira (8), Jairinho e Monique foram presos e não falaram nada ao serem detidos. A defesa de ambos ainda não se manifestou. O vereador foi afastado do partido Solidariedade.
O pai do garoto, Leniel Borel, se pronunciou após a prisão da ex-mulher e de Jairinho: "Esta infeliz matou meu filho. Meu filhinho deve ter sofrido muito", disse ele, segundo o G1.