Na quinta-feira (8), o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, descreveu o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, como ditador, dizendo que, ainda assim, é preciso cooperar com ele.
Draghi também afirmou que "não compartilha o comportamento inadequado de Erdogan" em relação à chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, durante a recente visita de altos dirigentes europeus a Ancara.
Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, classificou as declarações contra o líder turco como "retórica inaceitável e populista", acrescentando que o embaixador italiano na Turquia havia sido convocado para explicações.
De acordo com a mídia, as autoridades turcas exigem um pedido oficial de desculpas do governo italiano.
Na sala de reunião, só havia duas cadeiras em frente às bandeiras turca e europeia, e a chefe da Comissão Europeia teve de ficar em um sofá, longe de seus colegas homens. O incidente levantou debates de igualdade de gênero https://t.co/hDxAN2nyCV
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) April 7, 2021
"Até que não haja resposta de Roma, as autoridades turcas começaram a enviar sinais ameaçadores", cita o artigo do la Repubblica.
Desta forma, a Turquia suspendeu um contrato de € 70 milhões (R$ 474 milhões) referente à compra de helicópteros italianos de treinamento, que seria firmado nos próximos dias.
Além disso, outras três empresas italianas receberam avisos, entre elas a empresa Ansaldo Energia, que está construindo usinas elétricas na Turquia.