O ministro turco deu a declaração durante coletiva com repórteres em Ancara, capital turca.
"Inicialmente, escolhemos três vacinas: Sputnik V, Pfizer/BioNTech e a Sinovac, da China. Os testes de fase três das duas últimas vacinas foram realizados na Turquia. Sobre a Sputnik V, como sabem, tínhamos dúvidas sobre toxicologia, mas bons resultados de testes intermediários já foram obtidos", afirmou o ministro turco, acrescentando que entrou em contato três vezes na semana passada com autoridades russas e apontando que a vacina pode chegar à Turquia dentro de quatro a cinco meses.
Koca também afirmou que a Turquia vive seu "pior momento na pandemia", relatando que o país tem batido recordes de contágio. Na sexta-feira (9) e no sábado (10), o país registrou mais de 52 mil novos casos de COVID-19. Conforme dados da Universidade Johns Hopkins, o país acumula 3.849.011 casos e 33.939 mortes causadas pela doença.
Em meio ao agravamento da crise, a campanha de vacinação na Turquia, conforme levantamento do site Our World in Data, já vacinou cerca de 18,5 milhões de pessoas com pelo menos a primeira dose de uma vacina contra a COVID-19. Em números absolutos, a Turquia é um dos países que mais vacinou no mundo.
Aprovada na Rússia em agosto de 2020, a Sputnik V foi a primeira vacina a receber o aval de um órgão nacional. Desde então, o fármaco já foi aprovado em dezenas de países, inclusive na América Latina, e teve sua eficácia comprovada em 91,6%, conforme resultados de estudos clínicos publicados em fevereiro deste ano na revista Lancet, uma das mais respeitadas do mundo.