Conforme publicou a Bloomberg, nesta quarta-feira (14), fontes ouvidas pelo site afirmam que Washington, além de expulsar os diplomatas, pretende impor sanções contra 12 cidadãos e 20 organizações da Rússia.
Segundo as informações, as medidas são uma resposta da gestão do presidente norte-americano, Joe Biden, contra suposta interferência russa durante as eleições presidenciais de 2020, que deram a vitória ao democrata. Além disso, as ações também são uma retaliação contra acusações de ataques cibernéticos.
Entre os cidadãos que devem ser sancionados pelos EUA estão incluídos membros do governo da Rússia e funcionários da inteligência russa. A expectativa é que as medidas sejam anunciadas em breve, possivelmente já na quinta-feira (15).
As ações do governo norte-americano vêm no dia seguinte de uma conversa entre Biden e o presidente russo, Vladimir Putin. Por telefone, os mandatários discutiram questões de interesse de seus países e Biden sugeriu a realização de um encontro com Putin em um país terceiro para debater as tensões entre Washington e Moscou. O presidente norte-americano teria alegado que busca estabelecer uma relação "estável com a Rússia".
As tensões entre os países têm aumentado nas últimas semanas. Em meados de março, Biden prometeu que a Rússia pagaria pela suposta interferência nas eleições norte-americanas e chamou Putin de "assassino" durante entrevista ao canal de televisão ABC. Putin respondeu Biden com desejos de saúde e ofereceu o diálogo como forma de manter o relacionamento entre os países.
Não é a primeira vez que órgãos do governo norte-americano acusam a Rússia de interferir nas eleições presidenciais do país. Em 2016, quando Donald Trump foi eleito presidente, surgiram acusações semelhantes apontando que Moscou teria interferido no pleito para favorecer o republicano.
Dessa vez, a acusação é de que houve ações para atrapalhar Biden. O governo russo nega as acusações veementemente e ressalta que não há provas que indiquem tal situação. Na semana passada o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, apontou que eventuais sanções seriam retaliadas pelo Kremlin.