A medida anunciada aprofunda as restrições sociais já em vigência na Turquia. Desde 13 de abril, cafés e restaurantes em todo o país funcionam apenas para entregas e retiradas de pedidos. Além disso, um toque de recolher funciona aos finais de semana.
Nos últimos dias, a Turquia tem registrado uma piora na situação da crise sanitária. No dia 16 de abril, houve um aumento diário recorde no número de casos de COVID-19 no país, um total de 63.082 novos infectados. Já em 21 de abril, foi registrado o maior número de mortes diárias: 362 óbitos.
A grave situação epidemiológica na Turquia tem gerado efeitos externos. Recentemente, a Rússia decidiu limitar o tráfego aéreo com o país entre 15 de abril e 1º de junho.
"Com as medidas, passamos a ter resultados. Para voltar à vida normal após o Ramadã, precisamos reduzir o número de novos casos para 5.000 por dia. Caso contrário, não teremos como retornar às atividades turísticas. Das 19h00 [11h00 no horário de Brasília] do dia 29 de abril às 05h00 [23h00 no horário de Brasília] do dia 17 de maio, um lockdown completo será introduzido", disse Erdogan em um discurso televisionado após uma reunião de gabinete.
Segundo o presidente turco, as viagens entre cidades só serão possíveis com autorização. Além disso, o bloqueio também afetará os hotéis do país.
"Todos os escritórios serão fechados, apenas os serviços de emergência e as instalações de produção, onde o processo não pode ser interrompido, funcionarão", disse Erdogan.
Conforme dados da Universidade Johns Hopkins, a Turquia acumula 4.667.281 casos confirmados de COVID-19, além de 38.711 óbitos. A Turquia também já vacinou cerca de 13 milhões de pessoas com pelo menos a primeira dose de uma vacina contra o novo coronavírus, segundo levantamento do site Our World in Data.