Na quarta-feira (5), o governo dos Estados Unidos afirmou que apoia a medida, o que representa um giro na posição da Casa Branca. No dia seguinte, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que o país também pode apoiar a quebra das patentes.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, disse que o país espera chegar a um acordo positivo e justo em relação ao tema.
"A parte chinesa está disposta a um diálogo construtivo no marco da OMC para conseguir um resultado justo e positivo", afirmou o funcionário chinês sobre a quebra das patentes de vacinas contra o coronavírus.
Países pobres recebem menos doses
Vários países do mundo defendem atualmente o fim das patentes dos imunizantes para COVID-19. A medida também é apoiada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O argumento é de que a quebra das patentes pode facilitar uma fabricação mais generalizada das doses, aumentando a imunização global. Segundo dados da OMS, mais de 87% das doses aplicadas até abril foram administradas em países ricos.
Países pobres receberam apenas 0,2% da produção mundial, de acordo com a entidade.
O Brasil, na contramão da maioria dos países, e agora também dos Estados Unidos, ainda se opõe à quebra das patentes.