De acordo com o portal Naval News, o navio anfíbio, que está em construção e deve entrar em serviço em 2022, deveria abrigar caças norte-americanos F-35, contudo, devido à expulsão da Turquia do programa F-35, depois de Ancara obter os sistemas russos de defesa antiaérea S-400, a indústria turca decidiu substituir as aeronaves norte-americanas por drone nacionais.
"Estou compartilhando isso pela primeira vez. Vou mostrar apenas uma imagem. Esta renderização mostra o conceito de decolagem e pouso dos drones TB-3 no navio de assalto anfíbio Anadolu, que atualmente está em construção [...] Temos certeza de que esse projeto contribuirá para o poderio da Marinha turca", afirmou o CEO da empresa turca Baykar Defence, Haluk Bayraktar.
Ele também ressaltou que o TB-3 "não será uma aeronave de pouso vertical, ele vai pousar e decolar como qualquer outra aeronave embarcada que opere em porta-aviões".
Na imagem compartilhada é possível observar as asas dobráveis do drone, marcadas com listras pretas, bem como uma catapulta de aceleração.
De acordo com Ismail Demir, chefe da Presidência das Indústrias de Defesa da Turquia, ao menos dez drones armados poderão ser utilizados simultaneamente em operações e integrados ao centro de comando do navio.
"Após a conclusão do projeto, entre 30 e 50 drones TB-3 Bayraktar de asas dobráveis poderão pousar e decolar a partir do convés do Anadolu", afirmou.
A Turquia foi retirada pelo Congresso norte-americano do programa F-35 no ano passado, depois de se recusar a cancelar a compra dos sistemas de defesa antiaérea russos S-400. Os líderes da defesa norte-americana temiam que a operação conjunta do avançado sistema de mísseis russo e dos F-35 revelasse as fraquezas dos caças furtivos dos EUA, que poderiam ser exploradas pela Rússia e outros países que usam os S-400, tais como a China.