"Instamos o presidente Erdogan e outros líderes turcos a se absterem de comentários incendiários, que podem incitar mais violência", disse Price em comunicado nesta terça-feira (18).
"Os comentários antissemitas do presidente turco Erdogan são repreensíveis e não têm lugar no cenário mundial - ou em qualquer outro lugar", acrescentou o porta-voz.
Price, no entanto, não especificou quais foram os comentários de Erdogan que os Estados Unidos consideram antissemitas. De acordo com a agência Reuters, o Departamento de Estado não respondeu imediatamente a um pedido de esclarecimento.
"Nós ficamos enfurecidos com pressão do Estado terrorista de Israel que ultrapassou todos os limites", diz o presidente turcohttps://t.co/N3aO5VAONW
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Erdogan, que se posiciona como defensor dos palestinos, criticou Israel por realizar ataques aéreos na Faixa de Gaza. Além disso, o líder turco classificou o país judeu de "Estado terrorista" depois que a polícia israelense disparou balas de borracha contra palestinos que se manifestavam em Jerusalém.
Escalada de violência no conflito palestino-israelense
O conflito entre Israel e Palestina se agravou na noite de 11 de maio, após expirar um ultimato do movimento palestino Hamas, que exigia a retirada de policiais e militares israelenses da Esplanada das Mesquitas e do bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental.
Em um telefonema ao primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, nesta segunda-feira (17), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, expressou seu apoio a um cessar-fogo entre Israel e o Hamas, em Gaza https://t.co/W7zkL7oyJr
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A nova onda de violência entre as partes beligerantes começou depois que um tribunal de Israel emitiu uma ordem de despejo contra várias famílias palestinas em Sheikh Jarrah, para que seus imóveis fossem ocupados por colonos judeus.
Com o fim do ultimato, as facções palestinas dispararam, segundo os militares israelenses, mais de três mil foguetes contra alvos em Israel, que deixaram dez mortos.
Israel, por sua vez, respondeu com bombardeios aéreos contra Gaza, que já vitimaram mais de 200 palestinos, entre eles 61 crianças, de acordo com fontes médicas da Faixa de Gaza.