De acordo com a Anvisa, a nova documentação foi acrescentada ao processo de solicitação de importação da vacina russa, necessitando ainda de uma avaliação como parte do pedido em caráter excepcional, considerando que o imunizante já foi permitido por outras autoridades sanitárias do mundo.
Os governos do Maranhão, da Bahia, do Ceará, de Sergipe e de Pernambuco haviam realizado um pedido que foi negado em abril, o que levou os estados a realizarem este novo requerimento com documentação adicional.
Na ocasião do pedido negado, a Anvisa alegou que não houve evidência de que o adenovírus usado na fabricação do imunizante não teria capacidade de replicação no corpo dos pacientes.
Os desenvolvedores do imunizante russo classificaram a decisão como politizada, negando a existência dos problemas apontados pela Anvisa ao não autorizar o uso da vacina.
A vacina da Rússia Sputnik V foi aprovada em 66 países, ocupando a segunda posição mundial em aprovações de reguladores estatais. A vacina tem eficácia de 97,6%, baseando-se na análise dos dados de 3,8 milhões de russos vacinados, sendo esta porcentagem mais alta do que a eficácia revelada antes na revista científica The Lancet (91,6%), de acordo com Fundo Russo de Investimentos Diretos e Centro Gamaleya.