O presidente russo falava na sexta-feira (4) à noite em uma reunião com os chefes das agências de notícias globais no âmbito do Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF).
"Continuamos a ouvir ameaças do Congresso, de outros lugares. Tudo isso está sendo feito no contexto dos processos políticos internos dos EUA. As pessoas que estão fazendo isso aparentemente partem do princípio de que o poder econômico dos Estados Unidos, seu poder militar e político, é de tal ordem que não acham assim tão terrível, que sobreviverão a tudo, pensam eles", disse Putin.
Como ex-cidadão da União Soviética, o presidente falou do "problema dos impérios".
"Qual é o problema dos impérios? Eles se acham tão poderosos que podem se dar ao luxo de cometer pequenos erros e falhas. Que podem comprar alguns, amedrontar outros, fazer acordos com terceiros, dar presentes a outros, ameaçar outros ainda com navios de guerra. Pensam que isso resolverá seus problemas. Mas a quantidade de problemas está crescendo. Chega o momento em que já não conseguem lidar com eles. Os Estados Unidos estão, em passo seguro, em passo firme, seguindo claramente o caminho da União Soviética", ressaltou o presidente russo.
Falando sobre o encontro com o presidente dos EUA, Joe Biden, que deverá decorrer no próximo dia 16 de junho, Putin observou que não espera "nenhuns avanços revolucionários". Segundo ele, os EUA e a Rússia têm interesses mútuos, "não obstante determinadas divergências". "Estas divergências não são resultado das ações da Rússia", sublinhou o líder russo.