Washington "preferiria um relacionamento mais estável" com Moscou, mas deixou claro que "se a Rússia optar por agir de forma agressiva e imprudente conosco, ou com nossos aliados ou parceiros, nós responderemos", frisou o chefe da diplomacia dos EUA.
Blinken ressaltou que presidente americano Joe Biden vai dizer ao líder russo Vladimir Putin "direta e claramente o que ele pode esperar dos Estados Unidos se as ações agressivas e imprudentes contra nós continuarem".
Os comentários do secretário americano surgem em meio às recentes alegações das autoridades e dos meios de comunicação dos EUA sobre o possível envolvimento russo em ataques cibernéticos contra a empresa de energia dos EUA Colonial Pipeline, um dos maiores fornecedores de combustível dos EUA, e a filial norte-americana da gigante brasileira da indústria de carnes JBS.
Autoridades afirmam que hackers baseados na Rússia são "provavelmente" responsáveis por uma série de ataques cibernéticos contra empresas privadas.
Porém, os EUA não forneceram quaisquer provas substanciais para fundamentar suas suposições sobre alegados hackers relativamente aos referidos ataques cibernéticos. Mesmo assim, Washington continua usando esses incidentes para impor sanções contra Moscou.
Rússia negou qualquer envolvimento em quaisquer atividades cibercriminosas e propôs melhorar a cooperação em segurança cibernética com os EUA, sendo suas propostas repetidamente rejeitadas pelo lado norte-americano.
Na mesma entrevista, Blinken também atacou a China por supostamente tentar "preencher vazios onde nós [EUA] fomos relativamente inativos" e prometeu "responsabilizar Pequim" pelo coronavírus – um tema que tem sido muito debatido pelas autoridades e mídia dos EUA.
Recentemente, o presidente russo Vladimir Putin afirmou que os EUA estão enfrentando os problemas típicos dos impérios: confiantes em seu poder, eles geram problemas que já não são capazes de resolver, tal como aconteceu com a União Soviética.