Joe Biden, presidente dos EUA, declarou na quarta-feira (9) que pretende deixar claro à Rússia e à China que Washington, Bruxelas e o G7 estão unidos em sua posição, e vão agir.
"[O objetivo é,] fortalecendo a aliança, deixar claro para [o presidente russo Vladimir] Putin e para a China que a Europa e os Estados Unidos estão firmes, e o G7 vai dar passos", disse Biden aos repórteres em resposta a uma pergunta sobre o objetivo de sua viagem à Europa.
Alegados ataques cibernéticos russos
Em resposta a outra pergunta, o presidente norte-americano disse não ter certeza se conseguirá um entendimento com Putin na questão de cibersegurança, respondendo "quem sabe?".
"Vai ser um objeto de nossa discussão", comentou ele sobre os recentes ataques cibernéticos contra as empresas norte-americanas Colonial Pipeline e JBS.
Nos últimos meses os EUA relataram grandes ataques cibernéticos ao operador de gasodutos Colonial Pipeline e à produtora de carne JBS no país norte-americano, levando a interrupções nos fornecimentos. O Departamento Federal de Investigação (FBI, na sigla em inglês) disse ter identificado cerca de 90 vítimas do grupo de hackers DarkSide nos EUA.
Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, disse anteriormente que Washington está negociando com outros países uma ação conjunta contra Estados que abrigam hackers. Funcionários da administração norte-americana também já anunciaram a criação de uma estratégia nacional de cibersegurança no país. A Casa Branca afirma que os hackers podem estar na Rússia, embora não tenha acusado as autoridades russas de envolvimento nos ataques.
Joe Biden viaja nesta quarta-feira (9) para o Reino Unido, para participar da cúpula do G7, e realizará reuniões de alto nível com os líderes da OTAN e da União Europeia durante sua primeira viagem ao exterior. Além disso, é planejado que se encontre na próxima quarta-feira (16) com Vladimir Putin, presidente da Rússia, em Genebra, Suíça.