A montadora norte-americana, Boeing, solicitou um atraso de um ano para a entrega dos novos aviões Boeing 747-8, presumivelmente para 2025, informou na terça-feira (8) o portal Defense News, citando altos responsáveis da Força Aérea dos EUA.
Em julho de 2018, a Boeing recebeu um contrato de preço fixo de US$ 3,9 bilhões (R$ 19,8 bilhões) para fabricar duas aeronaves 747-8, também chamadas VC-25B, que deveriam ser entregues para servir como Air Force One, ou transporte do presidente dos EUA, até dezembro de 2024.
No entanto, devido a dificuldades com subempreiteiros e a COVID-19, a Boeing agora precisa de um ano extra para entregar as aeronaves, adiando seu início de serviço em um ano, e aumentando seu preço devido aos custos imprevistos.
De acordo com Darlene Costello, principal vice-secretária adjunta para aquisição da Força Aérea dos EUA, o ramo militar está atualmente avaliando um plano revisado oferecido pela Boeing.
"A Boeing nos informou que acredita que será um prazo de 12 meses [de atraso] além de seu cronograma original. Isso não significa que ainda concordamos com isso", disse a funcionária em audiência do subcomitê de forças marítimas e de projeção dos Serviços Armados da Câmara dos Representantes norte-americana.
O serviço espera ter concluído até setembro todas as revisões do cronograma de entrega do VC-25B.
Devido a uma disputa com um fornecedor, a Boeing declarou em abril uma taxa pré-imposta de US$ 318 milhões (R$ 1,61 bilhão) relacionada à aeronave presidencial Air Force One. A GDC Technics LLC, uma empresa com sede no estado norte-americano do Texas, entretanto falida, especializada no interior de aviões executivos para chefes de Estado e VIPs, foi processada pela Boeing por faltar aos prazos do projeto em mais de um ano.
Segundo o Defense News, ainda não está claro qual será o custo final do programa VC-25B, que foi previsto em US$ 5,3 bilhões (R$ 26,9 bilhões) se forem incluídos custos adicionais como novos hangares e manuais técnicos alterados.
Os novos aviões Boeing 747-8 são equipados com aviônicos militares, comunicações aprimoradas e um sistema de autodefesa, tornando-os capazes de voar nas piores circunstâncias de segurança, como uma guerra nuclear.