Se há algo em que ambos os líderes concordam, é que as relações entre a Rússia e os EUA atingiram seu ponto mais baixo dos últimos anos.
"Deixe-me clarificar que penso que ele [Putin] está certo que é um ponto baixo, e depende do jeito que ele responder no que toca em agir de acordo com as normas internacionais, o que em muitos casos ele não fez", declarou Biden durante a conclusão da reunião de líderes do G7, no Reino Unido.
Biden disse ter advertido Putin, ainda antes de ser eleito presidente dos EUA, que investigaria seu alegado envolvimento nas eleições presidenciais norte-americanas.
Prestes a se encontrar com o presidente russo em Genebra na próxima semana, Biden afirma que não está buscando conflito, mas antes maneiras de resolver "ações que pensamos serem inconsistentes com as normas internacionais", disse ele durante a coletiva de imprensa
"Como linha de base, penso que a melhor maneira de lidar com isso é ele e eu nos reunirmos, eu e ele termos nossa discussão – sei que não duvidam que serei muito direto com ele sobre nossas preocupações", explicou Biden aos repórteres.
Contudo, Biden não se deixará ficar pelas relações bilaterais entre Moscou e Washington – a China também terá seu lugar na discussão, juntamente com questões ligadas à cibersegurança. Na verdade, o presidente estadunidense já tinha afirmado que tal assunto "vai ser um objeto de nossa discussão", quando questionado sobre os recentes ataques cibernéticos contra as empresas norte-americanas Colonial Pipeline e JBS.
Durante a reunião de líderes do G7, Biden declarou que pretende deixar claro à Rússia e à China que Washington, Bruxelas e o G7 estão unidos em sua posição, e vão agir ante possíveis ameaças apresentadas tanto por Moscou como por Pequim.
Sem demasiadas expetativas do lado da Rússia, Joe Biden e Vladimir Putin estarão frente a frente na próxima quarta-feira (16), deixando o mundo aguardando por possíveis respostas a vários problemas debatidos entre as duas nações.