Depósitos em bancos da China atingem US$ 1 trilhão, diz mídia

© REUTERS / Tingshu WangPessoas usando máscaras faciais passam pela sede do Banco Popular da China, o banco central do país, 4 de abril de 2020
Pessoas usando máscaras faciais passam pela sede do Banco Popular da China, o banco central do país, 4 de abril de 2020 - Sputnik Brasil, 1920, 25.06.2021
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De acordo com dados referidos pela agência norte-americana Bloomberg, o país asiático conseguiu atingir um valor recorde de depósitos bancários em meio a uma economia resiliente à crise pandêmica mundial.

Os depósitos em moeda estrangeira mantidos por bancos chineses aumentaram em mais de US$ 250 bilhões (R$ 1,24 trilhão) em um ano até maio de 2021, ultrapassando pela primeira vez US$ 1 trilhão (R$ 4,95 trilhões) e dando maior liberdade para que o capital flua para fora do país, escreveu na quinta-feira (24) a agência norte-americana Bloomberg.

Tal fato se deve à maior demanda de produtos chineses em meio à pandemia da COVID-19, que aumentou os lucros dos exportadores, ao mesmo tempo que uma economia resiliente e a valorização da moeda levaram os investidores a vender dólares por yuans para comprar ações e títulos chineses.

Da mesma forma, os credores comerciais chineses registraram um recorde de US$ 1,38 trilhão (R$ 6,84 trilhões) em moeda estrangeira até o final de maio, a maior parte deles mantidos em depósitos, segundo dados do Banco Popular da China, o banco central do país, que também alcançou as maiores reservas nos últimos cinco anos. Os bancos usaram o volume acumulado principalmente para empréstimos no país e no exterior.

"A forte entrada de capital proporciona uma boa janela para a China realizar reformas na conta de capital e relaxar os fluxos de capital nos dois sentidos", disse à mídia Linan Liu, uma macroestrategista do banco Deutsche Bank em Hong Kong, China.

"Espero um maior relaxamento das saídas de capital através de esquemas de investimento", previu.

As entradas de capital já fizeram cair para mínimos históricos as taxas de depósitos do dólar dos EUA na China. Ao mesmo tempo, o Banco Popular da China está tomando medidas para reduzir a liquidez do dólar, afrouxando o controle sobre o capital, entre outras medidas.

Segundo George Magnus, um pesquisador associado do Centro da China da Universidade de Oxford, Reino Unido, alguns funcionários "podem ver a liquidez da moeda como uma fonte de orgulho para a China, e alguns podem se preocupar que a ascensão seja inconstante".

Na sua opinião, "está bem quando os fluxos estão entrando, mas é um grande problema para a estabilidade financeira quando eles tentam ir em outra direção", e acredita que o aumento dos depósitos em dólares é "aleatório e provavelmente temporário", e diminuirá à medida que outros países se recuperarem da crise do coronavírus.

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