Bolsonaro autoriza indústrias veterinárias a fabricarem vacinas anti-COVID-19
Nesta quinta-feira (15), o presidente Jair Bolsonaro aprovou uma lei autorizando os estabelecimentos que fabricam vacinas de uso veterinário a produzirem imunizantes contra o coronavírus. Estes também vão ajudar na produção de insumos farmacêuticos ativos (IFA), informa o portal UOL. "Com a alta capacidade produtiva e conhecimento tecnológico, a indústria de saúde animal pode ser adaptada para produzir em larga escala o IFA da vacina contra a COVID-19 de vírus inativado", diz o trecho do relatório do Senado. Conforme o documento, estas estruturas especializadas em vacinas veterinárias devem cumprir todas as normas sanitárias e as exigências de biossegurança antes de obterem o direito de produzir vacinas para seres humanos. Além disso, a lei determina que a Anvisa deverá priorizar a análise dos pedidos dos estabelecimentos de saúde animal para participarem da produção de vacinas contra a COVID-19. Entretanto, o Brasil confirmou mais 1.552 mortes e 52.720 casos de COVID-19, totalizando 539.050 óbitos e 19.261.741 diagnósticos da doença, informou o consórcio entre secretarias estaduais de saúde e veículos de imprensa.
Internação do presidente: médicos ainda não descartam cirurgia
Apesar de o presidente Jair Bolsonaro ter descartado uma nova operação cirúrgica, os médicos do hospital Vila Nova Star em São Paulo, onde ele foi internado na quarta-feira (14), disseram à Folha de São Paulo que os próximos dois dias ainda inspiram cuidados. Em entrevista ao vivo na noite de ontem (15), Bolsonaro relembrou que teve quatro cirurgias devido à facada durante sua campanha presidencial, o que eleva os riscos em seu caso da obstrução intestinal, mas "graças a Deus, de ontem [14] para hoje [15], evoluiu bastante esse quadro. Então, a chance de cirurgia está bastante afastada", disse. De acordo com o boletim médico do hospital, o presidente mantém "evolução clínica satisfatória" e agora sua terapia consiste em jejum oral, soro de hidratação e reposição de glicose e eletrólitos. A sonda nasogástrica utilizada para remover o líquido no estômago do internado já foi retirada, o que aponta à melhora do estado de Bolsonaro. O presidente deu entrada no hospital na sequência de fortes dores abdominais na madrugada da quarta-feira (14).
Encontro Biden-Merkel resulta em assinatura da Declaração de Washington
Nesta quinta-feira (15), na sequência de negociações entre o presidente americano Joe Biden e a chanceler alemã Angela Merkel, os Estados Unidos e a Alemanha firmaram a chamada Declaração de Washington. O texto foi divulgado pelo site oficial da Casa Branca. "A base de nossas relações é a adesão comum aos princípios, valores e instituições da democracia", diz a declaração, adicionando que os dois países se comprometem a defender um "mundo aberto". "Na determinação de sua ordem política, as nações em todo o mundo devem ser livres de interferência estrangeira, coerção ou dominação por países externos", afirmam. Além disso, os lados anunciaram o lançamento da Parceria do Clima e Energia entre os EUA e a Alemanha, destinada a reduzir ainda mais as emissões de gases de efeito estufa. Conforme as palavras da chanceler alemã durante a coletiva de imprensa após o encontro, os lados discutiram também "a Rússia e Ucrânia e, nesse contexto, o Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2). Chegamos a diferentes avaliações sobre o que este projeto implica". Biden, por sua vez, adicionou que "bons amigos podem discordar" em tais assuntos. Já que a reunião ocorreu em meio a desastrosas inundações na Alemanha, que já causaram 80 mortes e cerca de 1.300 desaparecidos, Biden começou a coletiva apresentando suas condolências ao povo alemão.
Líderes mundiais participam de videoconferência da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico
Nesta sexta-feira (16), o presidente dos EUA Joe Biden, o presidente russo Vladimir Putin, o líder chinês Xi Jinping e outros líderes mundiais vão se reunir via videoconferência do grupo Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC, na sigla em inglês). O principal objetivo do encontro é discutir ações coletivas para lidar com a pandemia da COVID-19 e seu impacto econômico. A Nova Zelândia disse que presidirá esta semana a reunião extraordinária antes da reunião formal em novembro. O encontro estará focado nas preocupações em torno da pandemia que assola a região, enquanto países como a Indonésia, Tailândia e Austrália enfrentam novos surtos de infecções. A reunião incluirá uma sessão de perguntas e respostas "interativa" onde os líderes podem fazer perguntas ou fazer comentários, formato incomum nas reuniões da APEC, onde habitualmente os eventos decorrem em um formato padronizado. A premiê neozelandesa Jacinda Ardern ressaltou a importância do grupo econômico de 21 países para a contenção conjunta da pandemia. No entanto, as tensões entre alguns dos membros da APEC – particularmente entre os países ocidentais e a China sobre origem do coronavírus e a questão do mar do Sul da China – podem perturbar a agenda. Um alto funcionário da administração Biden disse que o presidente vai usar o fórum para demonstrar seu compromisso com um Indo-Pacífico livre e aberto.
Haiti coopera com Colômbia na investigação do assassinato de Moïse
O embaixador do Haiti na Colômbia, Jean Mary Exil, ressaltou nesta quinta-feira (15) que está trabalhando com as autoridades colombianas para permitir a visita de uma delegação colombiana à prisão onde os mercenários permanecem detidos por participação do assassinato do presidente haitiano. O embaixador respondia a uma pergunta da agência Sputnik na coletiva de imprensa virtual a partir de Bogotá. Além disso, ele assegurou que os 18 mercenários detidos estão em boas condições físicas e mentais, embora não saiba o lugar onde eles se encontram. "Há que saber a verdade sobre o que ocorreu e, para a obter, é preciso ter os mercenários em boas condições físicas e psicológicas a fim de poder avançar na investigação", adicionou. Além disso, ele acentuou que "a magnitude do que aconteceu não pode ser atribuída a uma só pessoa, por isso o Estado haitiano está realizando investigações pertinentes com a ajuda das forças internacionais para obter clareza sobre o assassinato". O presidente Jovenel Moïse foi assassinado em 7 de julho com 12 disparos durante um ataque à residência em Porto Príncipe, em que sua esposa ficou gravemente ferida. O ataque foi perpetrado por um comando formado por militares colombianos reformados, dos quais três morreram e 18 foram detidos em uma operação policial, enquanto continua a busca de pelo menos mais três.
Lavrov elogia 'histórico' tratado China-Rússia
Nesta sexta-feira (16), no vigésimo aniversário da assinatura do Tratado de Boa Vizinhança e Cooperação Amigável entre a Rússia e a China, o chanceler russo Sergei Lavrov disse que os dois países cooperam militarmente, mas que essa cooperação não visa terceiros países. "Com base nos princípios do Artigo 7 do Tratado, estamos desenvolvendo com sucesso a cooperação militar, que é exclusivamente de natureza defensiva e não visa quaisquer países terceiros", disse Lavrov em um artigo publicado pelos jornais Rossiyskaya Gazeta e Renmin Ribao. O ministro acentuou também que os países realizam regularmente exercícios de comando e de tropas, de combate ao terrorismo e navais. "A cooperação é enriquecida através de novos formatos, incluindo a patrulha aérea com aviões de longo alcance na região Ásia-Pacífico", disse. O tratado referido foi assinado em 16 de julho de 2001 e foi prorrogado por mais cinco anos em 28 de julho deste ano.