"Nós não vamos levar em consideração quaisquer ameaças e ultimatos, além disso, vamos nos opor a isso resolutamente, mas fortalecendo nossa soberania [...] Nós nem cairemos no isolamento, nem na confrontação. E não permitiremos que a Rússia seja envolvida, muitas vezes nos tentam intimidar com isso, inclusive alguns opositores internos, não permitiremos que a Rússia seja envolvida em uma nova e dispendiosa corrida armamentista. Já temos tudo o que precisamos para nos defendermos", afirmou Lavrov durante um seminário on-line.
O ministro acrescentou que há vozes, que não são muitas, "mas elas expressam suficientemente alto certos pensamentos, cuja essência consiste em que devemos simplesmente fazer as pazes com o Ocidente nos termos que ele propõe, e então tudo ficará bem – as sanções serão levantadas e viveremos contentes".
"Estou convencido, não apenas convencido, porque já tivemos a experiência dos anos 1980 e início dos anos 1990, que quaisquer concessões unilaterais de nossa parte seriam consideradas exclusivamente como uma fraqueza. Tal como nossos parceiros sabem fazê-lo – embolsam quaisquer concessões unilaterais e, em seguida, impõem novas exigências inaceitáveis. Por isso, nós vamos realizar uma política exterior independente, pragmática e orientada para o interesse nacional", concluiu chanceler russo.
No início do mês, Sergei Lavrov disse em entrevista que a Rússia não aceitará que os EUA dialoguem com Moscou a partir de "posição de força". A cúpula Rússia-EUA em Genebra correu bem, mas, logo depois, o lado americano voltou aos sermões e exigências. Tais tentativas estão condenadas ao fracasso, disse o ministro.