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Moraes pode estipular ações contra Bolsonaro em 3 inquéritos; presidente mantém discurso conciliador

© Folhapress / Caio Rocha/FramePhotoMinistro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes na Universidade Nove de Julho (UNINOVE) durante evento em São Paulo. Foto de arquivo
Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes na Universidade Nove de Julho (UNINOVE) durante evento em São Paulo. Foto de arquivo - Sputnik Brasil, 1920, 11.09.2021
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Mesmo divulgando nota para tentar contornar as tensões com STF, mídia afirma que investigações que miram presidente em diferentes assuntos continuam a todo vapor. Em primeira aparição pública após 7 de setembro, Bolsonaro diz que "Três Poderes têm que ser respeitados".
De acordo com a Folha de São Paulo, atualmente, o presidente Jair Bolsonaro aparece diretamente como investigado em três apurações que correm no Supremo Tribunal Eleitoral (STF): o da fake news, o da interferência no comando da Polícia Federal (PF) e o que trata do vazamento de apuração sigilosa sobre invasão hacker a sistemas eletrônicos da Justiça Eleitoral em 2018.
Segundo a mídia, não há decisões em aberto a exigirem cumprimento imediato por parte de Bolsonaro, mas medidas são cogitadas pelo ministro, Alexandre de Moraes. E que mesmo com a nota,"Declaração à Nação", publicada pelo presidente com perspectiva mais harmoniosa com o Supremo, o ministro pretende manter o ritmo das apurações.
Sobre a nota, a Folha diz que a mesma foi lida no STF com ceticismo, ao mesmo tempo que integrantes do Supremo e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) avaliam que é preciso aguardar para ver se o chefe do Executivo "recuará do recuo".
Nesse meio tempo, as investigações continuam no STF. Segundo a mídia, entre os próximos passos, está prevista para este mês a retomada do julgamento sobre o formato do depoimento que Bolsonaro fará na apuração que visa esclarecer a suspeita de que tentou mudar a cúpula da PF para proteger parentes e aliados.
Já em relação ao inquérito das fake news, embora tramite desde 2019, a condição de investigado do presidente é recente. A pedido do TSE, Moraes incluiu Bolsonaro entre os alvos em razão das suspeitas levantadas, sem mostrar as provas que dizia ter, sobre o sistema eleitoral.
© Foto / Agência Senado / Roque de SáO blogueiro Allan dos Santos cumprimenta o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) durante sessão da CPMI das Fake News (foto de arquivo)
O blogueiro Allan dos Santos cumprimenta o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) durante sessão da CPMI das Fake News (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 09.11.2021
O blogueiro Allan dos Santos cumprimenta o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) durante sessão da CPMI das Fake News (foto de arquivo)
Moraes é também relator de outras apurações que envolvem parentes e apoiadores do chefe de Estado, entre elas a da quadrilha digital, desdobramento do extinto inquérito dos atos antidemocráticos, também no Supremo.
De acordo com a Folha, os investigadores buscam identificar o grupo por trás de ataques à democracia na Internet. Ao determinar a instauração do inquérito, aberto pela PF no mês de julho, Moraes fez menção ao próprio Bolsonaro e a seus filhos.
Após o feriado, sem relação direta com as apurações em curso, o ministro devolveu para julgamento ações que contestam a política armamentista da atual administração. A análise da matéria já havia sido iniciada pelo tribunal, mas foi interrompida por um pedido de vista do ministro, entretanto, será retomada a partir da sexta-feira (17), segundo a mídia.
© Folhapress / Evandro LealPresidente Jair Bolsonaro visita a exposição agropecuária Expointer, em Esteio, RS, 11 de setembro de 2021
Presidente Jair Bolsonaro visita a exposição agropecuária Expointer, em Esteio, RS, 11 de setembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 09.11.2021
Presidente Jair Bolsonaro visita a exposição agropecuária Expointer, em Esteio, RS, 11 de setembro de 2021

Presidente mantém tom ameno

Neste sábado (11), no seu primeiro evento público após o 7 de setembro e a publicação da nota, Bolsonaro disse em uma exposição agropecuária em Esteio (RS) que "não se pode falar em Poder vitorioso" depois do ato, segundo O Globo.
"Não é para dizer se este ou aquele Poder saiu vitorioso, a vitória tem que ser do povo brasileiro, a vitória tem que ser de vocês porque somente assim a gente vai poder viver em harmonia", declarou o presidente.
Bolsonaro ainda completou "que os Três Poderes têm que ser respeitados", adotando novamente um tom conciliador com o Judiciário, como o empregado na nota de "Declaração à Nação".
"No dia 7 de setembro eu fui apenas um na multidão […]. Não podemos fazer as coisas a velocidade que muitos querem, a gente vai aos poucos redirecionando o futuro do nosso país. Temos Três Poderes que têm que ser respeitados e buscar sempre a melhor maneira de nos entendemos para que o produto de nosso trabalho seja estendido aos seus 210 milhões de habitantes", declarou.
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