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EUA estão ficando para trás de Moscou no Ártico, dependendo de petróleo russo, diz especialista
EUA estão ficando para trás de Moscou no Ártico, dependendo de petróleo russo, diz especialista
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Desde a anterior administração Trump, a Casa Branca tem perseguido o objetivo de desafiar a presença da Rússia no Ártico, tornando esta meta uma das... 03.10.2021, Sputnik Brasil
2021-10-03T07:24-0300
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No entanto, enquanto Washington tem investido tempo e dinheiro para aumentar sua presença militar na região, aparentemente os EUA não conseguem acompanhar Moscou economicamente.EUA estão ficando para trás em relação à Rússia no Ártico, o que faz com que Washington se torne dependente das vendas de petróleo de um país ao qual tem, por tantas vezes nos últimos anos, imposto sanções energéticas, afirmou Thomas Emanuel Dans, ex-comissário da independente Comissão de Pesquisa do Ártico dos EUA (USARC, na sigla em inglês), em um editorial no jornal The Hill.Tanto EUA como Rússia estão presentes no Ártico, o que não se limita apenas a questões militares. Esta zona tornou-se o foco central de Washington durante a anterior administração liderada por Donald Trump. No entanto, de acordo com Dans, é Moscou que tira o máximo partido da referida região.O ex-comissário traça paralelos entre as atividades e políticas russas e americanas no Ártico. Tendo enfrentado sanções contra o seu setor energético que proibiam a aquisição de tecnologias estrangeiras para perfuração e extração de gás e petróleo em regiões de difícil acesso como o Ártico, a Rússia investiu na criação de suas próprias. Ao contrário dos EUA, Moscou também tem uma enorme frota de quebra-gelos, tanto convencionais como nucleares. Como resultado, a indústria energética russa no Ártico está crescendo e trará enormes lucros ao país em um futuro próximo através de vendas de gás natural liquefeito (GNL), acredita especialista.Por outro lado, o Alasca não está prosperando, apesar das recentes descobertas de novos depósitos de recursos, incluindo petróleo e gás. Em vez disso, o estado dos EUA está enfrentando dificuldades para cobrir déficits no orçamento, preenchido na maior parte pela venda de hidrocarbonetos. O Alasca tem que gastar seus fundos de reserva para subsidiar os altos custos de vida no Ártico, ressalta Dans.Anteriormente, o primeiro-ministro indiano Narendra Modi anunciou que o país planeja ajudar a Rússia no desenvolvimento da Rota Marítima do Norte e na sua transformação em uma artéria comercial internacional.
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EUA estão ficando para trás de Moscou no Ártico, dependendo de petróleo russo, diz especialista
07:24 03.10.2021 (atualizado: 11:12 12.11.2021) Desde a anterior administração Trump, a Casa Branca tem perseguido o objetivo de desafiar a presença da Rússia no Ártico, tornando esta meta uma das prioridades do governo.
No entanto, enquanto Washington tem investido tempo e dinheiro para aumentar sua
presença militar na região, aparentemente os EUA não conseguem acompanhar Moscou economicamente.
EUA estão ficando para trás em relação à Rússia no Ártico, o que faz com que Washington se torne dependente das vendas de petróleo de um país ao qual tem, por tantas vezes nos últimos anos, imposto sanções energéticas, afirmou Thomas Emanuel Dans, ex-comissário da independente Comissão de Pesquisa do Ártico dos EUA (USARC, na sigla em inglês), em um
editorial no jornal The Hill.
Dans salientou que a Rússia se tornou o segundo maior fornecedor de petróleo bruto para os EUA, fornecendo o dobro do petróleo que os americanos extraem do Alasca – um dos estados mais ricos nesse recurso. Em apenas único mês, junho de 2021, Washington comprou 25 milhões de barris de petróleo russo, e desde que Biden assumiu o cargo as vendas mais do que dobraram.
Tanto EUA como Rússia estão presentes no Ártico, o que não se limita apenas a
questões militares. Esta zona tornou-se o foco central de Washington durante a anterior administração liderada por Donald Trump. No entanto, de acordo com Dans, é Moscou que tira o máximo partido da referida região.
O ex-comissário traça paralelos entre as atividades e políticas russas e americanas no Ártico. Tendo enfrentado
sanções contra o seu setor energético que proibiam a aquisição de tecnologias estrangeiras para perfuração e extração de gás e petróleo em regiões de difícil acesso como o Ártico, a Rússia investiu na criação de suas próprias. Ao contrário dos EUA, Moscou também tem uma enorme frota de quebra-gelos, tanto convencionais como nucleares. Como resultado, a indústria energética russa no Ártico está crescendo e trará enormes lucros ao país em um futuro próximo através de vendas de gás natural liquefeito (GNL), acredita especialista.
Por outro lado, o Alasca não está prosperando, apesar das recentes descobertas de novos depósitos de recursos, incluindo petróleo e gás. Em vez disso, o estado dos EUA está enfrentando dificuldades para cobrir déficits no orçamento, preenchido na maior parte pela venda de hidrocarbonetos. O Alasca tem que gastar seus fundos de reserva para subsidiar os altos custos de vida no Ártico, ressalta Dans.
"Com a independência energética dos EUA se desvanecendo no espelho retrovisor, os legisladores políticos têm de acordar [e pensar] sobre como proteger os interesses de segurança nacional", disse Dans, referindo-se à crescente dependência do país em relação ao petróleo russo.
Anteriormente, o primeiro-ministro indiano Narendra Modi anunciou que o
país planeja ajudar a Rússia no desenvolvimento da Rota Marítima do Norte e na sua transformação em uma artéria comercial internacional.