Japão enfrenta dilema na Marinha por sistemas de defesa antimísseis dos EUA, diz mídia

© AP Photo / Gemunu AmarasingheOficiais da marinha japonesa no convés da embarcação da Força Marítima de Autodefesa do Japão atracada no porto de Thilawa, Mianmar
Oficiais da marinha japonesa no convés da embarcação da Força Marítima de Autodefesa do Japão atracada no porto de Thilawa, Mianmar - Sputnik Brasil, 1920, 14.10.2021
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O governo japonês, há quatro anos, instalou os sistemas norte-americanos de defesa de mísseis Aegis Ashore em suas ilhas para se proteger contra os mísseis balísticos norte-coreanos.
Tóquio pagou US$ 300 milhões (R$ 1,6 bilhão) à empresa de defesa dos EUA Lockheed Martin por dois novos radares SPY-7.
Contudo, em 2020 o programa japonês do Aegis entrou em colapso e a oposição local das regiões onde o governo do país havia planejado instalar os mísseis cancelou a construção.
De acordo com a Forbes, o Japão já havia iniciado o pagamento dos radares, que estariam inativos, já que o governo não sabe o que fazer com eles.
Além disso, em 2020 o Japão anunciou a instalação dos radares SPY-7 em dois dos novos navios de defesa contra mísseis, que navegariam entre o Japão e a Coreia do Norte com o objetivo de interceptar qualquer míssil na região.
Com o "naufrágio" do projeto japonês, os navios antimísseis do país se tornam obsoletos.
Os principais destróieres do Japão usam o radar SPY-1, e se a Marinha construir navios para os SPY-7, eles serão dois destróieres exclusivos em uma frota com um elevado número de navios equipados com radares Raytheon, resultando em problemas logísticos.
Os navios dotados do SPY-7 apenas seriam capazes de realizar missões de defesa antimísseis, e apenas contra a ameaça norte-coreana, ou seja, navegariam em círculos ao largo da costa norte do Japão, monitorando e aguardando, já que estes navios não seriam páreos à frota chinesa, pois seriam simples, lentos, menos armados e com tripulações inferiores.
Perante a situação, o governo japonês admitiu estudar a possibilidade de implantar estes radares de maneira flexível para as áreas marítimas operacionalmente ótimas.
Apesar de ter capacidade na indústria naval, o grande problema de Tóquio é que seus navios de guerra estão operando com radares diferentes, ou seja, da Lockheed Martin e da Raytheon.
Outro problema é que se o país decidir instalar os radares da Lockheed Martin em alguns de seus destróieres, isso resultaria em uma subclasse de navio de apoio pequeno e caro.
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