G20 precisa ser mais africano e menos europeu, defende Celso Amorim em evento na Rússia
17:57 18.10.2021 (atualizado: 08:52 20.11.2021)
© Sputnik / Ekaterina LyzlovaEx-ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim (e), durante 18ª reunião anual do Clube Valdai de Discussões Internacionais, em Sochi, Rússia, em 18 de outubro de 2021

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A 18ª reunião anual do Clube Valdai de Discussões Internacionais, intitulada "Mudança Global no Século XXI: O Indivíduo, os Valores e o Estado", teve início nesta segunda-feira (18) na cidade turística russa de Sochi, após um hiato de dois anos e vai durar até quinta-feira (21).
É preciso repensar a ordem mundial existente, privilegiando o mundo multipolar e conferindo ao G20 um papel de liderança, para enfrentar os desafios pós-pandêmicos, disse o ex-chanceler brasileiro Celso Amorim nesta segunda-feira (18).
"Para lidar com [as crises], precisamos de um novo tipo de estrutura institucional. Acho que a coisa mais próxima que combina algum grau de legitimidade, ou representatividade, com algum grau de eficácia, é o G20. Acho que precisaríamos mudar um pouco o G20 para torná-lo um pouco mais africano [...] um pouco menos europeu talvez", disse Amorim na abertura da reunião do Clube Valdai de Discussões Internacionais, em Sochi, Rússia.
Mudar a ordem mundial em nível global exigiria algum tipo de novo tratado e uma nova maneira de pensar, acrescentou o ministro das Relações Exteriores do Brasil durante a presidência de Lula.
© AP Photo / Nelson AlmeidaO diplomata brasileiro, Celso Amorim, durante coletiva de imprensa no seminário "Ameças à Democracia e Ordem Multipolar", em São Paulo, em 13 de setembro de 2018.
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O diplomata brasileiro, Celso Amorim, durante coletiva de imprensa no seminário "Ameças à Democracia e Ordem Multipolar", em São Paulo, em 13 de setembro de 2018.
© AP Photo / Nelson Almeida
Amorim acredita que o G20 deve ter autoridade sobre organizações específicas, como o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização Mundial do Comércio (OMC).
A 18ª reunião anual do Clube Valdai de Discussões Internacionais, intitulada "Mudança Global no Século XXI: O Indivíduo, os Valores e o Estado", teve início nesta segunda-feira (18) na cidade turística russa de Sochi, após um hiato de dois anos, e vai durar até quinta-feira (21).