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'Lição dura da história': cientistas determinam causa do desaparecimento dos mamutes na Sibéria
'Lição dura da história': cientistas determinam causa do desaparecimento dos mamutes na Sibéria
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Cerca de 4.000 anos atrás desapareceram os últimos mamutes-lanosos que habitavam nas regiões gélidas do Ártico, incluindo a Sibéria. 21.10.2021, Sputnik Brasil
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Durante décadas os cientistas acreditaram que estes ancestrais majestosos dos atuais elefantes se extinguiram porque eram constantemente caçados pelos humanos, no entanto, a análise de DNA dos antigos campos de pasto dos animais revela uma história diferente, aponta portal Cnet. "Com base em todos nossos modelos, demonstramos que a mudança climática, especificamente a precipitação, resulta diretamente na mudança da vegetação – os seres humanos não tiveram nenhum impacto sobre [os mamutes]", disse em comunicado Yucheng Wang, zoólogo da Universidade de Cambridge e um dos principais autores do artigo publicado na revista Nature."Está é uma lição dura da história e mostra como as alterações climáticas são imprevisíveis – uma vez que algo se perde, não há como voltar atrás", observou Eske Willerslev, professor da Universidade de Cambridge e diretor do Centro de Geogenética da Fundação Lundbeck na Universidade de Copenhague.Eles pesavam cerca de 6 toneladas e tinham cerca de 4 metros de altura, segundo Wang. Os mamutes-lanosos podiam "crescer até a altura de um ônibus de dois andares".Durante um período de dez anos Willerslev liderou uma equipe na dissecação de fragmentos de DNA coletados no solo antigo, onde os mamutes pastavam.As amostras foram coletadas ao longo de 20 anos e analisados por meio de um método chamado sequenciamento de espingarda de DNA, pelo qual um fragmento longo de DNA é fisicamente quebrado em pequenos fragmentos que são clonados, sequenciados e montados usando análise por computador. Em vez de coletar informações genéticas de ossos ou dentes, o método sequencia o DNA a partir de vestígios de urina ou células descartadas.Por fim, Wang notou também que os seres humanos pré-históricos provavelmente passaram a maior parte do seu tempo caçando animais mais fáceis de capturar em comparação com os enormes mamutes, sugerindo que seu impacto na extinção destes animais foi indiscutivelmente menor do que se pensava anteriormente.
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'Lição dura da história': cientistas determinam causa do desaparecimento dos mamutes na Sibéria
08:18 21.10.2021 (atualizado: 11:35 21.10.2021) Cerca de 4.000 anos atrás desapareceram os últimos mamutes-lanosos que habitavam nas regiões gélidas do Ártico, incluindo a Sibéria.
Durante décadas os cientistas acreditaram que estes ancestrais majestosos dos atuais elefantes se extinguiram porque eram constantemente caçados pelos humanos, no entanto, a análise de DNA dos antigos campos de pasto dos animais revela uma história diferente,
aponta portal Cnet.
Pesquisadores afirmam que uma rápida mudança climática acabou com o suprimento de alimentos das criaturas. Mas, além de resolver o mistério do desaparecimento dos mamutes, essas descobertas podem proporcionar uma antevisão do destino de outras espécies se a nossa atual crise climática não for controlada.
"Com base em todos nossos modelos, demonstramos que a mudança climática, especificamente a precipitação, resulta diretamente na mudança da vegetação – os seres humanos não tiveram nenhum impacto sobre [os mamutes]", disse em
comunicado Yucheng Wang, zoólogo da Universidade de Cambridge e um dos principais autores do
artigo publicado na revista Nature.
"Está é uma lição dura da história e mostra como as alterações climáticas são imprevisíveis – uma vez que algo se perde, não há como voltar atrás", observou Eske Willerslev, professor da Universidade de Cambridge e diretor do Centro de Geogenética da Fundação Lundbeck na Universidade de Copenhague.
Eles pesavam cerca de 6 toneladas e tinham cerca de 4 metros de altura, segundo Wang. Os
mamutes-lanosos podiam "crescer até a altura de um ônibus de dois andares".
Durante um período de dez anos Willerslev liderou uma equipe na dissecação de fragmentos de DNA coletados no solo antigo, onde os mamutes pastavam.
As amostras foram coletadas ao longo de 20 anos e analisados por meio de um método chamado sequenciamento de espingarda de DNA, pelo qual um fragmento longo de DNA é fisicamente quebrado em pequenos fragmentos que são clonados, sequenciados e montados usando análise por computador. Em vez de coletar
informações genéticas de ossos ou dentes, o método sequencia o DNA a partir de vestígios de urina ou células descartadas.
Willerslev notou que tudo aconteceu porque, "à medida que o clima aquecia, as árvores e as plantas pantanosas substituiam os habitats de pastagem dos mamutes. Quando o clima ficou mais úmido e o gelo começou a derreter, isso levou à formação de lagos, rios e pântanos. O ecossistema mudou e a biomassa da vegetação diminuiu e não teria podido sustentar os rebanhos de mamutes", afirmou Willerslev.
Por fim, Wang notou também que os seres
humanos pré-históricos provavelmente passaram a maior parte do seu tempo caçando animais mais fáceis de capturar em comparação com os enormes mamutes, sugerindo que seu impacto na extinção destes animais foi indiscutivelmente menor do que se pensava anteriormente.