'Não é a que desejamos': em ligação com Putin, Johnson lamenta estado das relações entre os países
© AP Photo / Alexei Nikolsky/Sputnik
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O presidente russo, Vladimir Putin, e o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, conversaram por telefone nesta segunda-feira (25) e discutiram questões climáticas, Afeganistão e relações bilaterais, disse o Kremlin.
O primeiro-ministro do Reino Unido disse ao presidente russo que as relações com Moscou agora não são o que Londres gostaria de ter.
"O primeiro-ministro [britânico Boris Johnson] deixou claro que a relação atual do Reino Unido com a Rússia não é a que desejamos. Ele disse que persistem dificuldades bilaterais significativas, incluindo os envenenamentos [na cidade britânica de] Salisbury em 2018. O primeiro-ministro também destacou a importância da soberania ucraniana", disse Downing Street em comunicado, citado pelo jornal Evening Standard.
No tópico Afeganistão, Putin informou Johnson sobre o resultado das consultas da troika estendida realizadas em Moscou na semana passada, informa o comunicado do Kremlin.
Representantes do movimento Talibã participam da conferência de paz em Moscou sobre a questão afegã, 18 de março de 2021
© Sputnik / Ministério das Relações Exteriores da Rússia
Putin também detalhou para Johnson a abordagem adotada pela Rússia para resolver o conflito interno ucraniano com a implementação incondicional dos acordos de Minsk.
Trio discutiu a falta de progresso na resolução do conflito na região de Donbass, dividida geograficamente entre a Rússia e a Ucrâniahttps://t.co/9gt3KPMGbh
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) October 11, 2021
Os líderes concordaram na manutenção do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) sobre o programa nuclear iraniano, que é um fator importante para garantir a segurança e preservação do regime de não proliferação nuclear.
Putin reafirmou a adesão da Rússia aos compromissos climáticos internacionais e à redução consistente de sua pegada de carbono: "Boris Johnson deu as boas-vindas aos planos da Rússia de atingir a neutralidade de carbono no máximo até 2060", afirma o comunicado do Kremlin.
Por fim, o presidente russo observou que a delegação de Moscou enviada a Glasgow, para participar da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-26), contribuirá para o sucesso do trabalho de um fórum internacional tão importante.
