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Buscando novas fontes energéticas, Rússia toma 'impulso nuclear' para minerar no Ártico, diz portal
Buscando novas fontes energéticas, Rússia toma 'impulso nuclear' para minerar no Ártico, diz portal
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Quando a Rússia anunciou que estava trabalhando em uma usina nuclear flutuante, há vários anos, alguns viram a ideia com muito ceticismo e muitos críticos a... 06.12.2021, Sputnik Brasil
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Akademik Lomonosov é hoje uma fonte de energia confiável sob uma impressionante obra de engenharia em um terreno difícil para se produzir energia. Localizada próximo da cidade de Pevek, em Chukotka, uma região autônoma na parte norte do Extremo Oriente da Rússia, a usina está próxima de um território cheio de ouro, cobre e lítio, entre outros metais. No início da semana passada, o Financial Times (FT) escreveu sobre como a Rússia estava alimentando suas ambições no Ártico com energia nuclear, dentre elas o uso da abertura da Rota Marítima do Norte devido às mudanças climáticas, e também a exploração de suas riquezas metálicas e minerais. Chukotka é rica em reservas de lítio e, embora seja uma difícil tarefa determinar a quão rica é, pode ser o suficiente para valer a pena desenvolver a exploração. Ainda segundo o artigo da FT, a Rússia possui depósitos de lítio no leste da Sibéria e Yakutia, também no Extremo Oriente, e tem planos de se tornar fonte de 3,5% do lítio mundial até 2025. Se observarmos a atual situação energética do planeta, a demanda por cobre deve disparar nos próximos anos. O metal é a escolha padrão para fiação elétrica graças à sua excelente condutividade e também é usado em quantidades significativas na geração, transmissão e distribuição de energia, incluindo turbinas eólicas e instalação de coletores de energia solar. O cobre também é usado abundantemente em veículos elétricos, que contêm até quatro vezes mais cobre que os carros com motores de combustão interna, que usam cerca de 20 quilos do metal. De acordo com a BloombergNEF, a demanda pelo cobre deve crescer uns incríveis 1.000% entre 2020 e 2030. O fato é que Moscou já não está mais de olho nos preços dos combustíveis, ou em como o gás natural na Europa tem escalado em valor. Seus esforços hoje estão voltados para novas alternativas minerais, no "petróleo do amanhã". A demanda esperada para a maioria dos metais básicos e certos minerais considerados críticos para a transição energética, como o cobalto, por exemplo, vai aumentar, o que faz do Ártico uma espécie de mina de ouro. Outro grupo de minerais conhecido coletivamente como terras raras também desperta uma forte motivação na Rússia. Sendo este país detentor da maior parte da região, o plano de desenvolvimento russo aposta no grande interesse mundial por esses recursos. Segundo a Oilprice empresa por trás da Akademik Lomonosov, a Rosatom, planeja construir mais cinco usinas nucleares flutuantes, todas para abastecer projetos de mineração. Preferida pelo Kremlin, a opção nuclear superou a ideia da Novatek de se usarem usinas movidas a gás, e ao todo as cinco custarão aos cofres russos cerca de US$ 2,2 bilhões (aproximadamente R$ 12,5 bilhões). "A economia mundial visa uma transição gradual para a energia de baixo carbono, e esta já é uma nova realidade", disse o primeiro-ministro da Rússia, Mikhail Mishustin, no início deste ano. "É preciso nos prepararmos para uma redução gradativa do uso de combustíveis tradicionais: petróleo, gás, carvão. [É preciso] melhorar a eficiência energética, desenvolver energias alternativas, construir infraestrutura adequada", disse Mishustin. O mundo pós-combustível fóssil é uma realidade e, muito provavelmente, os hidrocarbonetos que abasteceram o mundo pelos últimos 200 anos serão substituídos por metais e minerais. Nesta corrida, a Rússia sai na frente. E com tamanho acesso às fontes destes recursos, com certa vantagem de mercado.
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Buscando novas fontes energéticas, Rússia toma 'impulso nuclear' para minerar no Ártico, diz portal
Quando a Rússia anunciou que estava trabalhando em uma usina nuclear flutuante, há vários anos, alguns viram a ideia com muito ceticismo e muitos críticos a avaliaram como uma ideia ruim. Porém, a "ideia ruim" está operando com sucesso desde 2019.
Akademik Lomonosov é hoje uma
fonte de energia confiável sob uma impressionante obra de engenharia em um terreno difícil para se
produzir energia.
Localizada próximo da cidade de Pevek, em Chukotka, uma região autônoma na parte norte do Extremo Oriente da Rússia, a usina está próxima de um território cheio de ouro, cobre e lítio, entre outros metais.
No início da semana passada, o Financial Times (FT)
escreveu sobre como a Rússia estava
alimentando suas ambições no Ártico com energia nuclear, dentre elas o uso da abertura da Rota Marítima do Norte devido às mudanças climáticas, e também a exploração de suas riquezas metálicas e minerais.
Chukotka é rica em reservas de lítio e, embora seja uma difícil tarefa determinar a quão rica é, pode ser o suficiente para valer a pena
desenvolver a exploração.
Ainda segundo o artigo da FT, a Rússia possui depósitos de lítio no leste da Sibéria e Yakutia, também no Extremo Oriente, e tem planos de se tornar fonte de 3,5% do lítio mundial até 2025.
Se observarmos a atual situação energética do planeta, a demanda por cobre deve disparar nos próximos anos. O metal é a escolha padrão para fiação elétrica graças à sua excelente condutividade e também é usado em quantidades significativas na geração, transmissão e distribuição de energia, incluindo turbinas eólicas e instalação de coletores de energia solar.
O cobre também é usado abundantemente em veículos elétricos, que contêm até quatro vezes mais cobre que os carros com motores de combustão interna, que usam cerca de 20 quilos do metal.
De
acordo com a BloombergNEF, a demanda pelo cobre deve crescer uns incríveis
1.000% entre 2020 e 2030.
O fato é que Moscou já não está mais de olho nos preços dos combustíveis, ou em como o gás natural na Europa tem escalado em valor. Seus esforços hoje estão voltados para novas alternativas minerais, no "petróleo do amanhã".
3 de dezembro 2021, 14:14
A demanda esperada para a maioria dos metais básicos e certos minerais considerados críticos para a transição energética, como o cobalto, por exemplo, vai aumentar, o que faz do Ártico uma espécie de
mina de ouro. Outro grupo de minerais conhecido coletivamente como terras raras também desperta uma forte motivação na Rússia. Sendo este país detentor da maior parte da região, o plano de desenvolvimento russo aposta no
grande interesse mundial por esses recursos.
Segundo a Oilprice empresa por trás da Akademik Lomonosov, a Rosatom, planeja construir mais cinco usinas nucleares flutuantes, todas para abastecer projetos de mineração. Preferida pelo Kremlin, a opção nuclear superou a ideia da Novatek de se usarem usinas movidas a gás, e ao todo as cinco custarão aos cofres russos
cerca de US$ 2,2 bilhões (aproximadamente R$ 12,5 bilhões).
"A Rússia deve se expandir pelo Ártico, pois é aqui que estão seus principais recursos minerais", disse o presidente Vladimir Putin em 2017, assegurando desde então de que haja progresso na busca desse objetivo.
"A economia mundial visa uma transição gradual para a energia de baixo carbono, e esta já é uma nova realidade", disse o primeiro-ministro da Rússia, Mikhail Mishustin, no início deste ano. "É preciso nos prepararmos para uma redução gradativa do uso de combustíveis tradicionais: petróleo, gás, carvão. [É preciso] melhorar a eficiência energética, desenvolver energias alternativas, construir infraestrutura adequada", disse Mishustin.
O mundo pós-combustível fóssil é uma realidade e, muito provavelmente, os hidrocarbonetos que abasteceram o mundo
pelos últimos 200 anos serão substituídos por metais e minerais. Nesta corrida, a Rússia sai na frente. E com tamanho
acesso às fontes destes recursos, com certa vantagem de mercado.